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▭▬ Bárbara Passos ‹𝟹

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▭▬ Bárbara Passos ‹𝟹

Gabriel é nojento.

Ele traz garotas o tempo todo e eu sou
obrigada á escutar as barbaridades ditas por ele em seu quarto, e a garota grita mais que o ovelha indo 'pro matadouro.

Eu queria ter surdez.

O meu quarto fica ao lado do seu e isso é
maçante, com a vida sexual ativa do meu
irmão eu ouço tudo - literalmente tudo - toda hora. Devo conhecer todos os seus fetiches só por ouvir o que acontece lá dentro e me sinto traumatizada.

Somos gêmeos, então mesma idade. Mas eu
não tenho metade da falta de noção do Gabriel, quando quero fazer sexo arrumo um lugar onde ninguém vá se incomodar e faço isso não querendo que o mundo saiba que estou transando.

Ele não!

Gabriel parece gostar de fazer isso alto e claro para que todos saibam que ele é a merda de um hétero top que faz sexo.

Desço para a sala, coloco um filme de ação
bem alto para não ouvir nenhum vestígio
da baixaria que está havendo no quarto
fedorento dele.

Não ouço mais o barulho pelo som alto de
tiros vindo da TV, me concentro somente no televisor afastando os pensamentos nojentos de que Gabriel, meu irmão, está realizando o acoito no andar de cima.

Nossos pais estão trabalhando, hoje a noite
viajam para Nova Jersey á trabalho e isso
significa... Mais barulhos pornográficos em
casa vindo do quatro do Gabriel.

Eu odeio quando meus pais viajam, Gabriel fica "responsável" por mim por ser minutos mais nova que ele mas a verdade é que daí ele não pode sair para transar e faz isso em casa me causando ânsias.

- Tchau, até outro dia Gabriel - a garota da
vez se despede na porta lhe dando um beijo.

Vou me afogar na privada.

- Tchau princesa, nos falamos. - diz com uma voz ridícula que segundo ele é sexy.

Gabriel fecha a porta e se sentando no sofá ao meu lado, com um sorriso tosco no rosto e o corpo relaxado no sofá.

- Você não se cansa? - perguntei sem fazer
contato visual.

- Do quê? Sexo? É claro que não. - ele ri
virando o rosto para me olhar.

- Não pode fazer isso na casa da garota?
Ou em um motel sei lá... - digo em um tom
sarcástico.

- O pai e a mãe querem a gente em casa, se
eles me pegarem na rua e ainda mais em um motel estou fodido. Então prefiro não arriscar e fazer em casa mesmo, não tem ninguém. - o olho descrente.

- E eu?! - pergunto com um tom elevado.

- Você é minha irmãzinha e quer ver seu
irmão feliz. - deu um sorriso na tentativa de
ser angelical.

𝐈 𝐖𝐎𝐍𝐃𝐄𝐑 | 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋. √Onde histórias criam vida. Descubra agora