Capítulo 3 - A academia de manipulação de magia

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Capítulo 3 - A Academia de Manipulação de Magia

Escuridão, isso era tudo que Millar podia ver e sentir. Todos os seus sentidos estavam apagados e parecia como se ele estivesse em uma piscina a noite e sem nenhuma fonte de luz.

Ele olhou em volta, e percebeu que na verdade, haviam outras três coisas que também estavam mergulhadas na escuridão. Um punhal, uma flor, e uma rocha do tamanho de uma bola de tênis. Esses objetos eram muitos familiares, com excessão do último.

Ele decidiu inspecionar os itens, para chegar as mudanças que ocorreram desde a sua ascensão. Ele primeiramente tocou a flor, e um ar gelado envolveu seu corpo. A sensação agora era muito mais forte do que no mundo real, e sua mão não se feriu ao tocar. Apesar disso, ele ainda não sabia o que fazer com a flor.

O segundo item a ser tocado foi o punhal, que continuava o mesmo que antes. Porém não demorou muito até que uma luz fosse emitida do punhal estranho.

"Como você acha que ele vai sair? Sozinho ainda por cima?"

"Tudo isso vai depender dele, e caso não consiga será apenas mais um humano ordinário."

"Ao menos vamos lhe dar a caixa da perdição, para que ela não corra perigo em casos extremos."

Sons de passo soaram, o ambiente parecia o mesmo, mas ele conseguia ouvir vozes de fundo. Uma masculina, e a outra feminina. Nenhuma das duas pertencia a Consciência.

"Eu já imbuí um pouco da minha energia no punhal, e essa conversa vai chegar nele."

"Oh, já que é assim... Olá meu filho, você deve estar acessando o seu modo espiritual pela primeira vez... Espero que esteja tudo bem! Eu não posso falar muito, e também não posso te ajudar na sua jornada, mas saiba que tanto eu quanto seu pai, te amamos, e tudo que fizemos foi por um propósito, te ver bem."

"Mãe, com quem você está falando?" Uma terceira voz, mais infantil, chegou.

"Não é nada Millar, só estava dizendo que te amo" a mulher disse.

"Filho tenho um presente pra você" Com uma voz animada o homem continuou. "Esse é o seu presente de aniversário, mas você só vai poder abrir quando for maior de idade"

"Mas, uuurh, urhhh, o que eu vou fazer com uma caixa estranha, pai?" a criança parecia estar tentando abrir a caixa que acabara de receber.

"Não adianta, ela só vai abrir quando você pingar uma gota de sangue." O homem falou, e a voz foi ficando mais baixa, até que o mar de escuridão voltou a ficar quieto.

Millar parecia confuso, mas uma lágrima desceu inconscientemente. Desde o início da sua vida sozinho, ele pensava que havia sido abandonado por seus pais, e sempre se culpou por isso. Ele sempre achava que não seria bom o suficiente para iniciar qualquer tipo de relacionamento, e esse era um dos motivos pelo qual ele não tinha muitos amigos ou namorada.

O próximo item, a rocha branca, nem mesmo esperou para ser tocada, e começou a brilhar. Assim que o áudio do punhal terminou, uma voz assexuada e familiar, soou.

"Uau, eu não sabia que você tinha um passado tão triste, sinto muito amigão. Se você precisar de um ombro amigo..." A voz parou e com uma risada logo continuou. "Talvez uma mão amiga também, no entanto, você sabe que eu só posso durar 30  segundos, mas sendo você, não acho que vai precisar de mais"

Millar limpou as lágrimas e riu junto com a Consciência. Ele começou a gostar de sua presença tempos atrás, e agora, já considerava ela uma amiga, sua primeira, e única.

"Não é querendo estragar seu tempo sentimental, mas você precisa sair, o exame é amanhã."

"Mas eu nem mesmo sei onde estou, como posso sair desse lugar?"

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⏰ Última atualização: Jan 15, 2022 ⏰

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