Foi como voltar para casa

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Alec

— Devo estar preocupado com aonde você está me levando? – Eu perguntei na manhã seguinte, enquanto empurrava um galho rebelde para fora do meu caminho e continuava a subir o caminho de terra isolado que levava a uma colina a noroeste de Floyd Hills.

— Com certeza. Acho que aquela batida na cabeça me transformou em um assassino em série. – Magnus  olhou por cima do ombro para mim e sorriu, e eu rapidamente forcei meus olhos para longe de onde eu estava olhando para sua bunda. 

Se ele não quisesse que eu olhasse, não me faria segui-lo, essa era minha maneira de pensar. 

Caminhando por uma trilha isolada estava me dando uma visão privilegiada, especialmente com o short que ele usava mostrando suas pernas musculosas.

Era impossível para mim não pensar sobre aquelas pernas em volta de mim, o que estava fazendo meu shorts apertar em volta dos meus quadris – não exatamente confortável para uma caminhada.

Pare de pensar nele nu, lembrei meu pau. Este é um dia amigável, só isso. 

Mesmo que a tensão no carro durante a subida não fosse exatamente o que eu chamaria de amigável. Não com os olhares que Magnus estava lançando em minha direção quando pensava que eu não estava olhando.

— Estamos quase lá. – Ele disse, então parou e levou o dedo aos lábios. – Ouça.

Sem nossos passos esmagando os galhos caídos, eu podia ouvir o som da água correndo.

— Uma cachoeira? – Eu perguntei. – É para lá que estamos indo?

Magnus fechou os lábios e começou a andar novamente. O som ficou mais alto enquanto caminhávamos, e alguns minutos depois, fomos recompensados com uma vista incrível.

— Uau. – Isso foi tudo que eu consegui dizer, enquanto eu olhava para as altas quedas que pareciam água derramando do céu.

Árvores e plantas verdes exuberantes cercavam a face rochosa e, em sua base, a névoa subia para dar ao lugar uma aparência maravilhosa. Era de tirar o fôlego.

— Você gosta de coisas incomuns, então achei que você gostaria de ver isso. Quer dizer, se você ainda não tiver vindo aqui.  – Magnus mordeu o lábio. – Não tem uma estrada de tijolos amarelos, mas...

Puta merda. Ele se lembra de nossa viagem até a Terra Oculta de Oz? 

— Isso é incrível! – Eu disse, tirando meus olhos da cachoeira, porque mesmo tão bonito como era, não era comparado com Magnus. – Não acredito que você se lembrou.

— Estou começando a me lembrar de muitas coisas. – Ele disse, segurando meu olhar, o que me fez pensar se essas outras coisas envolviam o que tinha acontecido no final daquele encontro.

Quando esse pensamento entrou em minha mente, quase esqueci como respirar até que ele me deu um pequeno sorriso e inclinou a cabeça. 

— Venha. – Disse ele, caminhando para as rochas que cercavam a piscina de água na base da cachoeira, e eu o segui.

— Não vamos, uh, mergulhar de cima, vamos?

— Definitivamente não. – Ele respondeu. – A água não é muito profunda, talvez um metro e meio ou mais. Um ferimento na cabeça é o suficiente para mim.

Obrigado, Senhor. 

— Que pena. Eu não estava nervoso para pular ou algo assim.

Se lembre de mim (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora