Capítulo - 1

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Eu tinha que contar a Eddie que eu havia perdido Christopher. Mas como eu faria isso? "Ah oi Eddie então sabe o seu filho Christopher, então eu perdi ele em meio aquele caos do tsunami" Não, não dá, não sei como falar pra ele.

Estou procurando Christopher em todos os lugares, sério literalmente em todos os lugares, no meio dos escombos, prédios estáveis e instáveis, hospitais, URAs (Unidade de Atendimento para Refugiados), eu fui em todos os malditos lugares que falaram que viram um garotinho com as mesmas descrições de Chris, porém não o encontrei.

Eu estava com muitas dores, me arrastando quase, mas eu não podia desistir de tentar achar o pequeno Chris, ele é tão frágil, deus se eu não encontrar esse menino eu nunca vou me perdoar, eu não deveria ter soltado ele em nenhum instante, foi minha culpa.

Andei por horas, minhas pernas não estavam aguentando, teve momentos que eu quase cai, mesmo com as pernas bambas me forço a continuar andando. Até chegar em outra URA (Unidade de Atendimento para Refugiados).

Há tantas pessoas machucadas, sem rumo, desesperadas, continuo a procura dele, olhando cada canto, segurando seu óculos contra meu peito, paro por um instante em meio aquele desastre, respiro fundo contendo lágrimas que queriam cair.

Acabo por ver uma mulher segurando uma prancheta e escrevendo-a na mesma. Decido me aproximar.

-Buck: Com licença, tem alguma criança chamada Christopher Diaz? Ele tem cabelos castanhos, tá entre os 8/9 anos, ele tem PC (Paralisia Cerebral).-

        Ela passa o olho por toda a prancheta a procura do nome dele

-Enfermeira: Sinto muito não está aqui, eu acho que você deve procurar naquela tenda ali.-  -Ela diz apontando para uma tenda cheia de corpos em sacos pretos. Acabo por sentir um misto de dor e medo, medo de Christopher estar realmente naquela lista. -

-Buck: Mas aquela barraca não é a dos que estão... - - Antes que eu termine de falar ela completa -

-Enfermeira: Mortos...Eu sinto muito, mas talvez por ele ser uma criança não tenha conseguido sobreviver. -

Aquelas palavras foram como facas em meu peito, começo a me sentir tonto e minhas pernas acabam por fraquejar. Droga! Eu tenho que continuar, fecho os olhos, respiro fundo, e torno a abri-los novamente.

Acabo por ver um rapaz que estava próximo, pedi seu celular emprestado, ele me estende a mão com o celular e rapidamente digito um número já muito conhecido por mim, coloco no ouvido e no terceiro toque ela me atende. Me sento sobre algumas caixas de suprimentos.

-Maddie: Alô? *Suspira -

-Buck: Oi sou eu... -

-Maddie: Buck! Aonde você está? Não conheço esse número. -

-Buck: É eu peguei esse celular emprestado...Maddie eu preciso de ajuda. -

-Maddie: Tá bem, qual é o problema? Você está machucado? -

-Buck: O Eddie deixou o Christopher passar o dia comigo, ele pensou que seu eu fizesse algumas atividades com ele isso ia me fazer sair do apartamento um pouco, expairecer a cabeça, Maddie eu levei o moleque comigo pro píer... -

-Maddie: Aí meu Deus, você estava lá? -

-Buck: Ele estava comigo, tudo bem Maddie, eu protegi ele, ele estava seguro comigo, agente tava seguro em cima de um caminhão e depois a água recuou... -

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