O ponto final depois da vírgula.

hipocrisia

O que faremos depois disso?
Meu egocentrismo se alimenta,
Minha grandiosidade aumenta.
Quanta hipocrisia vindo de apenas uma vidinha!
Faz pouco tempo que respiro,
Ainda me lembro quando me batia de varinha.
Por quanto tempo fingirei ser o que não sou?
De suas palavras caçoou.
Pobre alma que se acha superior as demais,
Pobre linha do destino que se acha maior que as outras,
Pobre fio que me sustenta.
Morra compaixão que insiste na vida,
Morra amor e bajulação,
Não sei direito que sou,
Mas tenho muita hipocrisia no coração.
Não entendo minha mente,
Não sei até que ponto para mim ela mente.
O que farei sem uma razão?
Quem me dará motivos de solidão?
Estou cercada de minha própria escuridão.
Me enterre dentro dum caixão,
Ao som de músicas felizes,
Pois saibam que a morte era um sonho que tive.
Sim, sonhei com ela e ela me acolheu.
Me senti bem, amada, confortada.
Clamo pela visita quente da morte,
Clamo para que me leve.
Pois a hipocrisia que consome o mundo.
Se infiltrou em mim e agora corrói.
Me tornei a escuridão nesse universo imundo.
Tenho quase certeza de que me tornei a verdade desse mundo,
A maldade hipócrita escondida num puro coração.