O ponto final depois da vírgula.

almas pedindo salvação

Sinto o desespero das almas que morreram pedindo salvação.
Salvação a ela é inexistente no nível de pecado em que estão.
Pecado esse que talvez tenha eu provado.
Mas não me importo com todo o sangue que por mim foi derramado.
As vidas que tirei são as vidas que selei.
E selarei nosso amor num caixão de prata.
A prata foi tirada das minas que explodiram com vidas não vividas após sua retirada.
Deveria sentir-me culpada por ter em meus dedos um anel de ouro banhado no sangue de inocentes e mortas almas?
A salvação talvez não virá a meu encontro.
E pela salvação não irei procurar.
Que meus pecados sejam perdoados no final da vida se a morte me escoltar!
Que minha vida seja repleta da tua agonia,
Pois estou morrendo com meu ar.
E você me mata apenas com o olhar.
Verá que o colar que usa é o mesmo que usei,
Mas ele eu retirei pois do poder não me saciei.
Alimenta com o sofrimento vivido daqueles que se foram
Alimente as almas mortas que correm pedindo salvação.
Nesse dia assombrado até sombras se apavoram.
O dia em que lhe deixaste sozinho no porão,
Será o dia em que tu clamarás por salvação,
Assim se tornando uma alma morta que pede salvação para teu coração.