" I"M 𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 TO YOU"
Annelise Rose Garcia Smith conhece Otis Milburn, um adolescente que sabe muitas coisas sexuais por conta de sua mãe que é uma terapeuta sexual. Juntamente de sua melhor amiga, Maeve Wiley, uma adolescente rebelde e o g...
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Chapter twenty-five:Fellings
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— Você sabe que tem que pedir desculpas ao Anwar, não é? — Annelise perguntou ao lado de Eric fora da escola fazendo o mesmo acenar com a cabeça. — Eu geralmente não ia ligar se você desse um soco em alguém, mas poderia ter sido no Adam ou até no Otis, seria incrível. Falando no Anwar. — Apontou para frente vendo o mesmo menino caminhar sozinho.
— Oi... A gente pode conversar. — Annelise continuo sozinha, mas ainda sim conseguia ouvir a conversa entre os dois.
— Pera aí, vai me bater? — Eric negou. — Deixa eu adivinhar, lugar errado na hora errada?
— Eh!... Eu... — Gaguejou. — Eu só achei que a sensação fosse boa, mas não é.
— Batendo em outro cara gay, isso é perfeito, Eric. — Anwar fez menção de sair andando, porém, Eric o puxou pelo braço.
— Olha, eu sinto muito.
— Se isso ajuda, eu usei isso para contar a minha mãe. Ta bom?
— Ela não sabia? Eu... Só pensei...
— Você achou errado. — Anwar o interrompeu. — E agora ela acha que você bate em gays. Então, se levar umas olhadas feias de uma indiana, não leva para o lado pessoal, tá! — Saiu andando, mas Eric o fez voltar.
— Então, esse lance de bater na sua cara deve ter arruinado a chances de ficarmos juntos. — Annelise segurou o riso ao ouvir a péssima piada de seu amigo.
— Vadia, por favor! Garotos lindos como eu não fazem o seu tipo. Aproveita sua suspensão, garoto da trompa. — Naquele momento ele realmente começou a caminhar para dentro da escola.
— Quem faz meu tipo?
— Ainda não sou seu amigo. — Levantou o dedo do meio para o menino.
— Quem faz meu tipo? — Perguntou a Annelise fazendo a mesma dar de ombros.
— Pra falar a verdade, nem eu sei. — Se levantou indo caminhar até a escola com Eric ao seu lado.
★
Annelise andava pelo corredor sem rumo quando enxergou Maeve ao lado de Otis olhando diretamente na direção de Adam que estava posando para a foto já que ganhou o prêmio da melhor redação.
Ela podia observar a expressão chateada de sua amiga Maeve e então resolveu descontrair a atenção.
— Se você quiser, posso bater nele, roubar o prêmio e sair correndo. Só se você quiser, mas acho que a parte do bater nele, eu não quero sua opinião. — Annelise chega ao lado de Otis falando para Maeve fazendo os dois dar uma risada.
— Não vai precisar. Eu consigo lidar com isso. Não é nada de mais. — Annelise sabia que ela se importava com o prêmio. — Meu irmão voltou para casa. — Maeve admitiu.
— Sério? — Maeve concordou com a cabeça.
— Isso é bom ou ruim? — Otis perguntou Annelise respondeu "depende" enquanto Maeve falava que só vendo para vê como é a situação. — Gostei muito da sua redação.
— Você não leu minha redação.
— Não, mas ouvi falar. "Vivemos como sonhamos." É muito triste.
— Depende da perspectiva. — Às duas garotas responderam enquanto se olhavam dando um sorriso. — Eu vou indo. — Annelise começou a andar, mas virou seu corpo novamente olhando para Maeve — Ah! Acho que você deveria tentar fazer o programa de aptidão. — Ela queria que Maeve pudesse mostrar seu potencial, mostrar que não é qualquer aluno e que consegue ser uma das melhores alunas da escola.
Voltando a caminhar a menina deu alguns longos passos até chegar em direção ao seu armário. Ao abrir a porta do suporte, um papel começou a cair do mesmo fazendo Annelise imediatamente ficar confusa. Na frente do papel dobrado havia seu nome.
" Para Annelise"
Ela começou a desdobrar lentamente com medo do que poderia estar prestes a vir, mas se acalmou com as primeiras palavras.
" Oi! Aqui é o Otis.
Sei que não estamos nos falando - por uma razão que eu não sei - mas queria dizer que sinto sua falta e sinto muito independente o que eu tenha, ou não feito. A clínica é sem graça sem você, até o meu dia é sem graça.
Só queria dizer que se você não quer falar comigo, está tudo bem. Eu entendo e super respeito, mas quero que saiba que ainda vou estar aqui se precisar de mim, nem se for só para ser o tutor de química, eu ainda estarei aqui.
Com amor, Otis Millburn"
Os cantos da boca da menina começaram a se levantar fazendo a mesma dar um sorriso. Ao virar sua cabeça, ela pode enxergar Otis ainda ao lado de Maeve conversando, logo o menino parecia ter sentido algum olhar queimar sobre suas costas e virou a atenção para Annelise. Otis deu um sorriso pequeno fazendo a mesma retribuir, e assim que ela sorriu, pode enxergar um sorriso maior no rosto do menino.
Ela também sentia saudades do menino, ele era um ótimo amigo e ela não podia negar seus sentimentos. O beijo deles vieram a mente da menina, ela não queria admitir, mas adorou sentir aqueles lábios e queria sentir muito mais.
★
Desde aquele ultimo momento no estacionamento do estúdio de balé com sua mãe, Annelise começou a ignorar Phoebe. Ela estava com muita raiva sobre a mãe e não conseguia ficar um minuto sequer ao lado dela.
Resolveu parar com a prática do balé por um tempo, ela sabia que Phoebe iria voltar a obrigar ela a qualquer minuto, mas ter um dia de folga já era o suficiente.
Já que ela não estava mais praticando, toda a tarde ela ia ao apartamento de Jack às vezes para passar o tempo conversando, outras vezes para usar drogas. Ela gostava muito da companhia de Jack, era agradável.
— Então, o tal do "Olis" mandou esse bilhete? — Jack perguntou fazendo Annelise concordar com a cabeça.
— É Otis. — Corrigiu o nome errado. — Mas sim, foi ele.
— Ele até que parece ser um bom cara. Ainda gosta dele?
Annelise não podia negar, ela gostava muito do menino como nunca gostou de outro menino antes. Os sentimentos eram totalmente diferentes e muito bom. Ela gostava de se sentar em sua cama no seu quarto, ficar pensando no menino e no momento "intimo" que eles tiveram. Ela queria sentir aquele sentimento de borboletas no estômago de novo.
— Sim. Com certeza. Oque é bem estranho, já que a gente nem está se falando e talvez ele pense que eu odeio ele.
— Você odeia? — Annelise olhou para ele perguntando "Serio" — O quê? Você pode amar e odiar ele.
— Eu não o amo. E nem o odeio. As coisas só estão complicadas.
— As coisas não estão complicadas, você e esse garoto que fazem essa pequena situação virar um grande problema. Acho que você deveria deixar seu orgulho para trás e conversar com ele. Independente do que você está sentindo agora.
Ela sabia que era verdade, mas sabia que não tinha ideia de como conversar com Otis.
