Darn

Capítulo 5

Lilith

Olho para quem gritou a palavra e meus olhos se arregalam. Todos os alienígenas são altos, mas esse é muito mais alto que os outros, e embora só consiga ver sua silhueta posso dizer que é quase um gigante deve ter 2,5 metros no mínimo. Muito além dos meus 1,61. Ele se aproxima e eu aperto mais a faca no meu pescoço num reflexo. Ele levanta as mãos para mostrar que está desarmado e diz:

- Não vou te machucar, por favor baixa sua arma.- ele diz e sua voz faz algo comigo, mas ignoro, não posso me permitir vacilar e deixar ser capturada sei que eles fariam aquilo que prometeram.

- Está mentindo, tentando me enganar para conseguir me capturar. Eu prefiro a morte a me deixar ser estuprada todos os dias. - digo com todo desgosto na minha voz.

- Não estou mentindo, por favor baixe sua arma. - ele diz e eu continuo ignorando o que sua voz grossa faz comigo, ignoro que me sinto excitada só com sua voz

- Prove! - eu digo, irredutível.

Sem pestanejar ele arremessa uma faca na cabeça do guarda que me ameaçou e ele cai no chão perto de mim feito um saco de batatas. Meus olhos se arregalam em choque e eu constato que pelo menos ele não me quer morta, porque se quisesse eu já estaria. Vou virar minha cabeça para olha-lo e falar que isso não prova nada, mas ele já está lá se movendo para segurar minha mão. No susto que a morte do guarda me causou eu baixei um pouco a faca. Mas ele se moveu muito rápido, será que é um vampiro? Começo a puxar minha mão tentando me libertar.

- Me solte seu alienígena desgraçado, se você acha que eu vou te deixar me foder você está muito enganado, me solte seu troglodita! - grito tentando me libertar quando não tenho sucesso olho para ele com fúria e então o vejo pela primeira vez na luz. Suspiro, ele é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida olhos grandes e sem pupilas, mas parecem que contêm uma mistura de cores como as fotos de nebulosas e uma pele azul esverdeado, com dois chifres inclinados para trás, maçãs do rosto angulosas, e algum tipo de tatuagem tribal ao longo do rosto, além de um longo cabelo branco liso que vai até sua cintura. 

- Você é a coisa mais linda que já vi!-digo incapaz de conter para mim a minha admiração. Ele sorri, num sorriso de lado que se eu estivesse em uma situação diferente me mataria do coração

- Digo o mesmo! - ele responde e começa a tirar a faca da minha mão com a mão que não está segurando meu pulso. Então eu acordo do meu torpor e volto a bater em seu braço tentando me libertar

- Me solte! Eu disse que você é lindo não disse que você pode me tocar, me solte! - mas ele ainda consegue arrancar a faca de mim facilmente

- Fique quieta e me deixe cuidar de você! - ele me pega e me jogar por cima do ombro e eu começo a espernear batendo em suas costas e em tudo que consigo. Ao que ele responde com uma batida na minha bunda e continua andando

- Como ousa! Me solte e não bata na minha bunda seu desgraçado.

- Fique quieta! Eu vou cuidar de você - ele diz e começa a massagear o lugar que bateu

Involuntariamente eu começo a ficar mais excitada e me odeio por isso então continuo batendo nele até cansar e finalmente aceitar meu destino. Por enquanto.

Ele nos leva por corredores até uma nave. E meu deus, é inevitável ficar de boca aberta.

- Isso tem o tamanho da cidade que eu morava! - falo, novamente incapaz de manter minha boca fechada. Ele apenas ri e continua andando. Agora que me acalmei vejo que há outras pessoas com suas características nós acompanhando e olhando para mim com curiosidade. Eu olho para eles e abro meu maior sorriso e dou tchauzinho eles arregalam os olhos e desviam o olhar. Recebo outra tapa  e me torno consciente da minha situação novamente - Por que você me bateu? Me solte, eu juro que vou te matar!