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A FLORESTA PROIBIDA estava silenciosa como um fantasma, exceto pelo ocasional estalo de galhos ou folhas esmagadas. Athena seguiu Tom enquanto ele a conduzia ao seu ''lugar'', como ele o chamava. Ela não pôde deixar de se perguntar por que eles tiveram que ir a uma floresta para fazer isso, e quando ela perguntou por que, ele simplesmente disse que era necessário.
A floresta era assustadora, especialmente àquela hora da noite. Estava escuro, a única fonte de luz era o luar pálido. A visão de Hogwarts se tornava cada vez menor conforme eles avançavam para o interior do matagal.
Seus pensamentos vagarosamente se afastaram de seus arredores, para outras coisas. Ela ainda não sabia exatamente o que era o processo de divisão da alma e Tom ainda não tinha contado a ela. Ela tinha lido sobre Horcruxes antes, é claro, mas pelo que ela poderia dizer, o livro deixou de fora uma parte importante do processo.
Athena começou a imaginar como seria. Vai doer? Ela se perguntou, é claro, vai doer, ela se puniu.
Ela lembrou de muitos feiticeiros dizendo que dividir a alma é ir contra a mãe natureza portanto, haverá consequências; alguns facilmente evitados, enquanto outros nem tanto.
Depois de caminhar um pouco, Tom parou e puxou sua varinha. Apontando para o braço, ele sussurrou algo que ela não conseguiu entender. Quando Athena perguntou o que ele fazia, ele apenas disse a ela para ter paciência.
Poucos minutos depois, ela ouviu o som fraco de grunhidos e folhas sendo esmagadas. Virando-se, ela viu Mulciber entrar em sua linha de visão. Ela apertou os olhos levemente, então percebeu que ele estava segurando alguém que ela rapidamente reconheceu ser Amycus.
"Meu senhor" Mulciber cumprimentou.
"Obrigado por trazê-lo, você pode ir agora", respondeu Tom friamente.
Depois que Mulciber foi embora, Tom rapidamente agarrou Amycus pelo colarinho da camisa e o arrastou em direção a Athena, deixando-o cair aos pés dela. Ele removeu o capuz que cobria seu rosto, então deu um passo para o lado.
Amycus olhou para a garota que um dia amou.Ele implorou a Athena para deixá-lo ir. "Por favor, Athena, não faça isso. Sinto muito por tudo que foi feito"
Ignorando seus pedidos, ela ergueu a varinha e apontou-a diretamente para o coração dele.
"Esta não é você, Athena. Ele está apenas tentando usar você," Amycus disse, esperando ser capaz de convencê-la. Ela apenas zombou de sua tentativa patética de mudar de ideia.
Ela sentiu uma presença diretamente atrás dela, "Não dê ouvidos a ele, querida, você sabe que eu te amo", Tom sussurrou em seu ouvido.
Athena olhou para trás, para Amycus, que estava de joelhos, as mãos amarradas nas costas. Seu cabelo loiro estava desgrenhado e seu rosto exibia manchas de sujeira e o que provavelmente era seu sangue. Ela sentiu uma emoção que não reconheceu ao vê-lo assim. Ele estava à sua mercê e apenas dela. Saber que o destino de sua vida estava em suas mãos a fazia se sentir poderosa.
