Capítulo 1 - What's My Age Again?

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-"Seus lábios eram vida, e seus olhos uma obra de arte, mas no fim de tudo, não éramos nem mesmo a metade".

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OUTUBRO DE 2008
Auckland - Nova Zelândia
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Que Deus sempre abençoe à todos os seus mais fiéis servos, é que jamais esqueça de queimar todos aqueles que foram contra o nosso amor.

Meus pais eram pessoas desse tipo, mas eu não os culpava, cada um acreditava na história de ninar que queria. Eu preferia jurar que Donna Summer era mais real do que toda aquela patifaria de salvação universal que eles pregavam na igreja.

Quando Deus havia decidido criar o homem e a mulher juntos, ele desejava ter a chance de criar uma realidade onde tudo se baseava na inocência e pureza. Contundo, nada aconteceu dessa forma, virando uma confusão de ideias e desejos carnais repreendidos.

Mas a real, era que não éramos bichos, muitos menos estávamos perto de sermos domados por alguém superior a gente. Somente queríamos viver o nosso amor. O mais belo e inocente amor.

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Se fosse para mim escolher uma música favorita, aquela que tocaria sem parar no inferno durante o meu purgatório, seria aquela. Nada era mais imbatível do que "blink-182". Nem mesmo o capeta seria tão radical para conseguir atingir o nível dos caras.

Os caras arrasavam, e não faziam poucos jus à isso, nem se quer se dando ao de luxo de criar motivos para serem alvo de críticas. Principalmente ao se tratar da batida que criavam, sem o menor dos esforços. A arte corria na veía deles, e seu hino sempre seria

"What's My Age Again?". Tudo nela era inebriante. Porém eu não conseguia achar associável o jeito desconexo com que as notas se ligavam, atingindo os agudos no exato segundo em que ficava me masturbando com violência dentro do quarto.

A real era que eu não conseguia me concentrar com vontade naquilo, focando com objetivo no que eu estava fazendo. E se a música não colaborasse com meu desejo sutil, aí sim que eu não conseguia terminar aquela maldita punheta, que eu insistia em continuar, fazia 20 minutos.

Mas eu tinha duas escolhas. Ou ficava ali e terminava de me masturbar, ou eu abandonava o meu fracasso de vez e corria para fora de casa, na esperança de conseguir de ainda pegar o meu primeiro ônibus, e chegar atrasado para a segunda aula.

Eu poderia me tornar um futuro fracassado, mas o menos seria um fracassado saciado. Nem mesmo tantos números e programações, seriam o suficiente para gerar a máquina de prazer que eram minhas mãos no fim de uma tarde.

Se eu era um pervetido, o problema era meu. Mas pelo o menos, o prazer sempre estaria ao meu lado. Seja ele, de qual forma fosse apresentado. Eu literalmente, gozaria de uma boa vida.

PORRA!!!....HOJE ERA MEU PRIMEIRO DIA DE AULA DA FACULDADE....

A simples lembrança do novo destino que se iniciava hoje foi o suficiente para me dar nos nervos, o que me fez jogar as cobertas para o lado oposto da cama e sair correndo com meu pau duro pelo quarto.

Merdaaaaa, justo agora eu tinha que me lembrar disso. Nem minha punheta eu havia conseguido terminar direito, e agora eu passaria o resto da noite irritado por conta disso. Caralho.

Esse era o tipo de coisa que nossa mente tinha que deixar separado em um canto específico e relembrar somente quando fosse realmente preciso lembrar, e não em momentos como esse. Principalmente para nos, jovens homens, se tratando de algo de que servia para saciar nossos desejos e fortalecer nosso caráter.

Deus é uma Mulher (O conto) - John Victor RochaOnde histórias criam vida. Descubra agora