Diário de Uma Poeta Existencialista

A Borboleta do Amanhã

Linda e simples
Natural e sem segredos
É ela, que entra todos os dias pela minha janela

Anuncia que está de volta esbarrando em alguma decoração da minha prateleira
Aquela que é tão bela a ponto de nem ela mesma saber seu potencial

Seu processo de existência parece chulo
Ela se inicia como um ser de aparência inaceitável ao superficial
E naturalmente ela se fecha do mundo
Mas um dia ela sai naturalmente de onde estava
Sai bela pairando por aí, para as pessoas que a julgavam simplesmente olharem para sua nova existência aceitável
Na verdade ela sempre existiu, mas por ainda não ser quem quem estava fadada a se parecer não era reparada
O mundo é cruel e não transparece o quão importante ela pode ser

Mas a muito tempo ela vai passa pela mesma janela indicando uma nova manhã
A muito tempo sua existência está sendo minimamente percebida por uma pessoa que a existência também parece não estar

Será que ela sabe mais do que parece?
Será que um simples e pequeno ser tem um propósito maior?
É confortável e feliz pensar que sim
Mas e se não? É o mais sensato a se pensar
Ela é só mais um acontecimento aleatório da vida sem a mínima importância
Então você se desprende da única coisa que parece bela no seu cotidiano

Mas o que na realidade é a vida?
Se não for uma série da acontecimentos que não fazem o mínimo sentido
E se apegando a isso você percebe que aquela pequena borboleta na sua janela pode ser uma espécie de cura

Ela era um conjunto de perguntas para você
Sendo que para outras pessoas ela seria só uma resposta, de como um animal pode ser belo e simplesmente só pairar por aí
Essa é uma falha do ser humano curioso, ver questionamentos aonde só se deveria ver beleza leveza

Pare de se perguntar tanto o porque ou como ela está ali
Só aceite a sua existência ocasional
Porque até se o acaso for aceito ele começa a fazer sentido e se torna algo belo e leve
Então aceite ela não só como algo belo
Mas um suspiro felicidade significativo na nova manhã