O Beco Diagonal

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- O Beco Diagonal - Sirius leu com entusiasmo.

- Ele vai ficar encantado com toda a magia que tem lá. - Lily exclamou animada.

Harry acordou cedo na manhã seguinte. Embora soubesse que já era dia, continuou com os olhos bem fechados.

"Foi um sonho", disse a si mesmo com firmeza. "Sonhei que um gigante chamado Rúbeo Hagrid veio me dizer que eu ia para uma escola de magia. Quando abrir os olhos estarei em casa no meu armário."

- Oh, pobre garotinho! - Alice não se conteve, deixando as lágrimas rolarem.

- Deve ser difícil achar que não podia nada, e de repente ver tudo isso mudar. - Dorcas comentou.

De repente ouviu um ruído alto de batidas.

"É a tia Petúnia batendo na porta", pensou Harry, desanimando. Mas, ainda assim, não abriu os olhos. Tinha sido um sonho tão bom.

- Ele é meio pessimista, né? - Sirius brincou.

- Ele só não quer se iludir. - defendeu Lily.

Bum. Bum. Bum.

- Está bem - resmungou Harry - já estou levantando.

Sentou-se e o pesado casaco de Hagrid escorregou de seu corpo. O casebre estava inundado de sol, a tempestade passara, o próprio Hagrid estava dormindo no sofá desmontado e havia uma coruja batendo com a garra na janela, trazendo um jornal no bico.

Harry ergueu-se de um pulo, sentia-se feliz como se houvesse um grande balão crescendo dentro dele. Foi direto à janela e abriu-a com um puxão. A coruja entrou voando e deixou cair o jornal em cima de Hagrid, que nem acordou. A coruja então voou pelo chão e começou a atacar o casaco do gigante Hagrid.

- A alegria dele é contagiante. - Tiago exclamou contente.

- Não faça isso.

Harry tentou espantar a coruja, mas ela o ameaçou com o bico e continuou a atacar ferozmente o casaco.

- Ele não sabe que ela só quer o pagamento. - Alice comentou pesarosa, ao ver o garoto perdido.

- Rúbeo! - chamou Harry alto. - Tem uma coruja...

- Pague a ela - resmungou Hagrid dentro do sofá.

- Ele não vai saber usar o dinheiro bruxo. - Lily se preocupou, lembrando o quanto foi difícil se adaptar às moedas mágicas.

- Quê?

- Ela quer receber o pagamento pela entrega do jornal. Procure nos bolsos.

- A busca não vai ser fácil. Esse casaco carrega o mundo.- Tiago exclamou. Ele mesmo já se aventurou naqueles bolsos, e duvidava que houvesse fim.

O casaco de Hagrid parecia ser feito só de bolsos, molhos de chaves, fichas de metal, rolinhos de barbante, balas de hortelã, saquinhos de chá... E finalmente, Harry puxou um punhado de moedas estranhas.

- Dê a ela cinco Nuques - disse Hagrid sonolento.

- Nuques?

- É difícil de se acostumar, mas em algum momento se aprende. - Lily comentou.

- As moedinhas de bronze.

Harry contou cinco moedinhas de bronze e a coruja esticou a perna para ele enfiar o dinheiro numa carteirinha de couro que trazia presa. Em seguida saiu voando pela janela aberta.

Um Presente de Morte  (HP1) Onde histórias criam vida. Descubra agora