Rio De Janeiro, Terça-feira 19 de outubro de 2020, 09:30 ( horário de Brasília)
Eu acordei e a doidona está dormindo do meu lado, agora eu entendo porque estava com frio, a maluca está com toda a coberta enrolada no corpo, tento me levantar e sinto dor, merda, esqueci dessa desgraça de machucado, tomei o remédio que estava na mesinha do lado da cama e esperei dez minutos pra fazer efeito, me levantei já escovando os dentes e lavando a cara, fui na cozinha caçar algum bagulho pra comer e fiz um pão pra outra lá, ai que eu percebi que eu nem sei o nome dela, peguei um copo de suco e fui pro quarto.
- Oh doidona, acorda aí fia, tá achando que a vida é um morango?
Ela respondeu algo em uma língua que eu não conheço e em seguida rosnou pra mim.
Xxx: Droga Wallace, porque você me acordou? Já anoiteceu?
- Ih loca, 9:30 da manhã já, vai dormir até quando?
Xxx: Eu só tenho três folgas por mês Wallace, três benditos dias que eu não preciso acordar 4:30 da manhã, e para de me chamar de louca.
- Difícil, não sei teu nome.
Só aí ela tirou a cara amarrotada do travesseiro e olhou pra mim, a desgraçada é bonita até com remela no olho meu parceiro.
Xxx: Amanda, desculpa brigar com você, eu odeio ser acordada.
- Tem kao não, desculpa ter te acordado, foi mal mermo, toma, fiz pra tu.
Amanda: Obrigada, caramba eu devia estar com muito sono, nem reparei que você estava de pé.
- Te falar, doeu um pouco, mas aquele remédio que tu deixou é bonzao.
Amanda: Que bom que não rompeu nenhum ligamento, como passou a noite?
- Com frio.
Ela olhou pra coberta toda envolta da sua cintura e me deu um meio sorriso.
- Pow, eu tô atrapalhando teu dia de folga, né? Acho melhor eu meter o pé...
Amanda: Eu não faço nada no meu dia de folga, se você quiser não fazer nada junto comigo, eu adoraria a companhia.
Nem pensei muito, já queria ficar mermo, tô com um medo do caramba de dar ruim na minha perna e a mina salvou minha vida.
Voltei pra cama E puxei a coberta dela, ela colocou uma série na TV e maratonamos até o almoço chegar, foi assim o dia inteiro.
2 dias depois
- Oh Amanda!!!! Pega aquela cueca lá.
Amanda: No dia que você lembrar de pegar, eu vou virar o papa.
Já tô conseguindo tomar banho sozinho, graças a Deus, não aguentava mais tomar banho de cueca, nós comprou algumas roupa pra eu vestir por enquanto, na verdade ela comprou, não posso esquecer de pagar ela quando eu voltar pro morro, por falar em morro, o bagulho tá louco por lá, desde que aqueles comédias tentaram invadir teve operação da Polícia, agora a doidona me proibiu de ir embora até a poeira abaixar.
Ela me deu a cueca e saiu correndo pra cozinha, eu vesti e fui pra sala caçar alguma série pra gente assistir.
- Amanda, teu telefone não para de tocar.
Amanda: Todo mundo sabe que eu não atendo telefone na minha folga, agora para de me gritar que eu tô tentando cozinhar infernooooooo.
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O Alto do Morro
RomanceDuas diferentes realidades, uma atração inexplicável, um amor impossível