Capítulo 2

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Safira

Eu encarei meu irmão e o meu pai, assim que o Sol raiou nas brechas da cidade de ferro eu me ergui, pronta, vestida.

Eu suspirei, abraçando o meu pai.

— Vamos ficar bem. -ele prometeu, dando tapinhas encorajadores nas minhas costas.

Eu assenti, o soltando e então encarando o meu irmãozinho.

— Mate monstros Sasa! —ele sorriu empolgado— traga uma espada para mim.

Eu sorri fracamente.

— Eu trarei.

— Promete? -seus olhinhos piscaram.

— Prometo. -sussurrei beijando sua cabeça.

Ele se lançou em meus braços, me abraçando fortemente.

— Eu te amo, irmãzona. -ele disse.

— Eu também te amo, amo os dois. -murmurei encarando ele e o meu pai.

Meu pai sorriu fracamente.

Eu limpei a lágrima traiçoeira que pisou escorrer, e então me ergui.

— Safira Endeavor. -meu nome soou, um dos guardas com a lista em mãos.

Eu encarei minha família, olhando uma última vez para eles.

Connor sorriu acenando para mim, e eu acenei de volta para eles, indo de encontro a fila.

— Aqui. -eu disse de prontidão.

O guarda me encarou de cima a baixo, me avaliando.

— Se junte aos outros. -ele disse.

Eu encarei um grupo de quinze jovens, os quais pareciam nervosos, eles estavam juntos mas não conversavam entre si, os poucos que o faziam era de forma baixa.

Eu caminhei até eles, ficando ao lado de uma garota loira de olhos verdes e pele clara.

— Oi. -ela disse para mim.

Eu a encarei, piscando.

— Oi. -respondi.

— Sabe para onde vão nos levar? -perguntou.

— Para o foço. -falei.

Ela arregalou os olhos.

— P-para o foço? -gaguejou ela.

— Não sabia? —ergui as sobrancelhas em surpresa— você não leu a carta de convocação?

— Minha mãe quem leu, ela disse que seria para ganharmos um emprego no castelo. -ela murmurou em choque.

Eu a encarei, sentindo pena da garota.

— Seremos jogados no foço, e tentaremos sobreviver até chegar ao fim dele. -falei.

— Então muitos irão morrer? -ela sussurrou.

Eu dei de ombros.

— Quem não for esperto e não tiver atenção irá morrer, provavelmente. -falei.

Odiava essa minha sinceridade, a garota agora parecia que ia desmaiar.

— Qual o seu nome? -ela perguntou em um fio de voz.

— Safira.

— Eu me chamo Elisa. -ela disse.

— Se preparem naquelas cabines. —o guarda disse— vossa majestade teve piedade, e enviou trajes de couro para vocês.

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⏰ Última atualização: Oct 20, 2021 ⏰

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