Safira
Eu encarei meu irmão e o meu pai, assim que o Sol raiou nas brechas da cidade de ferro eu me ergui, pronta, vestida.
Eu suspirei, abraçando o meu pai.
— Vamos ficar bem. -ele prometeu, dando tapinhas encorajadores nas minhas costas.
Eu assenti, o soltando e então encarando o meu irmãozinho.
— Mate monstros Sasa! —ele sorriu empolgado— traga uma espada para mim.
Eu sorri fracamente.
— Eu trarei.
— Promete? -seus olhinhos piscaram.
— Prometo. -sussurrei beijando sua cabeça.
Ele se lançou em meus braços, me abraçando fortemente.
— Eu te amo, irmãzona. -ele disse.
— Eu também te amo, amo os dois. -murmurei encarando ele e o meu pai.
Meu pai sorriu fracamente.
Eu limpei a lágrima traiçoeira que pisou escorrer, e então me ergui.
— Safira Endeavor. -meu nome soou, um dos guardas com a lista em mãos.
Eu encarei minha família, olhando uma última vez para eles.
Connor sorriu acenando para mim, e eu acenei de volta para eles, indo de encontro a fila.
— Aqui. -eu disse de prontidão.
O guarda me encarou de cima a baixo, me avaliando.
— Se junte aos outros. -ele disse.
Eu encarei um grupo de quinze jovens, os quais pareciam nervosos, eles estavam juntos mas não conversavam entre si, os poucos que o faziam era de forma baixa.
Eu caminhei até eles, ficando ao lado de uma garota loira de olhos verdes e pele clara.
— Oi. -ela disse para mim.
Eu a encarei, piscando.
— Oi. -respondi.
— Sabe para onde vão nos levar? -perguntou.
— Para o foço. -falei.
Ela arregalou os olhos.
— P-para o foço? -gaguejou ela.
— Não sabia? —ergui as sobrancelhas em surpresa— você não leu a carta de convocação?
— Minha mãe quem leu, ela disse que seria para ganharmos um emprego no castelo. -ela murmurou em choque.
Eu a encarei, sentindo pena da garota.
— Seremos jogados no foço, e tentaremos sobreviver até chegar ao fim dele. -falei.
— Então muitos irão morrer? -ela sussurrou.
Eu dei de ombros.
— Quem não for esperto e não tiver atenção irá morrer, provavelmente. -falei.
Odiava essa minha sinceridade, a garota agora parecia que ia desmaiar.
— Qual o seu nome? -ela perguntou em um fio de voz.
— Safira.
— Eu me chamo Elisa. -ela disse.
— Se preparem naquelas cabines. —o guarda disse— vossa majestade teve piedade, e enviou trajes de couro para vocês.
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Céu Vermelho | A Resistência
FantasiNum mundo onde as raças são divididas por números, castas, os 01 que são os Imortais poderosos e os 0 a raça mortal, os humanos. Safira, uma humana de casta 0 assim como todos os mortais, filha de dois escravos luta para sobreviver e caçar para alim...