𝐸𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑒𝑧...
Um mundo onde criaturas magicas e humanos viviam em harmonia. Até que a sede por poder e ambição do ser humano destruiu tudo. As criaturas magicas fugiram quando começaram a serem caçadas e os humanos ergueram reinos. Andal...
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Acordo assim que sinto uma claridade no meu rosto, abro os olhos e vendo que já amanheceu e para minha supressa, tudo é real e não um sonho.
Mexo-me fazendo minhas costas doerem por dormir sentada e de mal jeito, sinto também meu braço dormente no local onde Brienna ainda está dormindo, porém, não acordo ela, a deixo dormindo em meu ombro. Ouço passos aproximando e vejo ser o Nikko trazendo maças em suas mãos.
— Não é o café da manhã que está acostumada, mas é o que temos para hoje — diz colocando quatro maças do meu lado. — Aliás, bom dia — sorri para mim e se afasta.
Eu não notei estar com fome até meu estômago roncar alto, eu pego uma maçã e começo a comer. Brienna acaba acordando com o movimento, ela se afasta do meu ombro e tira o braço da minha cintura, coça os olhos bocejando. E ao abrir os olhos eles se alargam levemente.
— Por um momento pensei que tudo fosse um sonho — comenta, eu concordo com a cabeça, tive o mesmo pensamento.
— Também pensei o mesmo, mas já que não é um sonho, o que nos resta é encarar essa realidade de cabeça erguida. — Ela concorda com a cabeça. — Toma — lhe entrego uma maça e ela aceita.
Rapidamente devoro minha maçã e como mais uma, a outro entrego para a Brienna.
— Pelo visto as belas adormecidas já acordaram. — Ouço uma voz do meu lado me fazendo virar o rosto e encontrar o Cadman de pé e já com aquele sorrisinho no rosto. — Pensei que iria precisar jogar água nas duas para acordarem, porém, para minha tristeza vocês facilitaram o meu trabalho. Agora levantem seus traseiros do chão que temos muito caminho pela frente. — Eu o fuzilo com os olhos pelo seu comentário, ele não se incomoda e só alarga o sorriso.
— Você que manda, capitão Cadman Spellman — respondo sarcástica me levanto rapidamente, me arrependendo logo depois quando sinto minhas costas latejarem. Mordo meus lábios para evitar reclamar de dor, mas pelo riso do Cadman ele percebeu. — Pirata imundo — resmungo lhe dando as costas e começo a caminhar.
— Me magoou princesa. — Dou um sobressalto ao ouvir a voz sussurrada do Cadman perto do meu ouvido. Olho por cima do ombro e o encontro com aquele sorrisinho que está começando a me irritar.
O ignoro e volto a caminhar com a Brienna do meu lado. Entramos floresta adentro, cada vez mais eu estava deslumbrada com tudo que eu via, as flores, as árvores, os pequenos insetos e as aves, são tudo ainda mais impressionantes. Caminhamos por horas acho, não faço a menor ideia, a esse ponto já perdi totalmente a noção de tempo. Meus pés começam a dor nas sapatilhas, meu vestido pesa com o cansaço que estou sentindo e sinto muito calor com todos esses tecidos. Tento ignorar ao máximo a dor nos pés, mas chega a um ponto que fica difícil ignorar.
