Capítulo Nove

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  Eu nunca passei por perto e muito menos entrei nesse lugar

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  Eu nunca passei por perto e muito menos entrei nesse lugar. O que eu imaginava de como era essa floresta sombria era baseado em tudo que eu ouvia sobre ela. E cá estou eu, de frente para essa floresta que me causa medo mesmo antes de conhecê-la.

  Minha boca está seca de nervosismo, minhas pernas tremem e meus passos são hesitantes. Eu não que entrar esse lugar, não mesmo. Minha vontade e de sair correndo e enfrentar a floresta mesmo cheia de lobos e outros animais perigosos e tentar chegar ao vilarejo. Mas não consigo e nem adianta correr, os piratas me pegariam de volta e de uma forma ou outra eu entraria nessa floresta silenciosa. 

  A cada passo que dou, a escuridão que irradia dessa floresta parece chegar mais perto ao ponto de me tocar. Assim que estamos na floresta, posso ver como o que imaginei era um paraíso perto da realidade. As árvores tinham caules escuros e cheios de musgos, já as folhas das árvores eram escuras, pareciam sombras envoltas dos galhos. A floreta era tão densa que pouquíssimos raios de sol entravam nela, parecia termos entrando em outro mundo. A grama, diferente das verdinhas cheias de vida que vimos antes, era num tom de vinho escuro e tinham um cheio estranho metálico e meio adocicado, como sangue. Névoa circulava por toda a floresta a deixando ainda mais sombria. Nikko pegou um pedaço de galho enrolou um tecido na ponta e colocou fogo, assim fazendo uma tocha para iluminar o caminho escuro. Eu o observava indo à frente com a tocha em mãos, mas uma coisa era estranha, a chama em nenhum momento se mexeu, ficou o tempo todo em estado de inércia, totalmente parada, parecendo que no ar não circula dentro dessa floreta. 

  Levo a mão ao rosto tampando o nariz e a boca quando um cheiro forte de sangue podre chega às minhas narinas. Nenhum som, absolutamente nada, só se ouve nossos passos. Não ouço e nem vejo sequer um animal dentro desse lugar. Somente sinto uma sensação sombria, com a brisa que circula o meu corpo e beija a minha pele me causando arrepios. Abro bem meus olhos e apuro meus sentidos para ficar atenta a qualquer ameaça que pode aparecer e me proteger.

  — Que lugar sinistro — comentou Nikko.

  — Concordo, esse lugar é apavorante — concordou Dakota se aproximando de Frida como se estivesse com medo. Brienna faz o mesmo, se agarrando a mim. 

  Essa floresta diferente das outras, parece morta, sem vida, parada. Um silêncio insuportável preenche esse lugar de uma forma assustadora. Minhas pernas estão ainda mais trêmulas e me seguro para me manter de pé. Pelo que dizem à muitos e muitos anos, é que uma bruxa criou criaturas apavorantes para acabar com o reino na época que ainda caçavam criaturas mágicas, mas ao que parece a magia negra que ela usou saiu do controle e a consumiu. Porém, antes de morrer ela conseguiu prender essa magia em uma boa parte da floreta onde ficava sua vila, a magia negra consumiu tudo a sua volta e matando tudo que tivesse vida e assim surgiu esse lugar. Bom, isso é o que dizem os anciãos, já se é verdade é outra questão. Lela força maligna que sinto nesse lugar, talvez seja verdade afinal.

  Dou um sobressalto quando sinto algo me tocar me fazendo gelar por inteira, paro me virando rápida, mas não encontro nada e nem ninguém.

  — O que foi Alya? — perguntou Brie.

A Lenda Das Estrelas (Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora