Capítulo X - Helena relembra o dia que chegou em Paris

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- É uma honra recebe-los em meu palácio, majestades! - Luís cumprimenta a família real britânica que acaba de chegar em Paris.
- Obrigada, majestade! - agradece o rei Eduardo.
- Vejo que trouxeram muitos membros da corte com vocês nessa viagem. - comenta Luís olhando para todas às outras carruagens.
- Um casamento tão majestoso deve ser apreciado por muitos. - responde o Rei Eduardo.
- Sim, vossas majestades, uma união como essa tem que ser algo esplêndido. - diz a Rainha Eleonor.
- Helena, é  uma honra revê-la. Vejo que está usando o colar que te dei. - Luís beija as mãos de Helena.
- Sim, vossa majestade! Ele é belíssimo e me agradou muito. - responde Helena retirando sua mão de forma discreta.
- Que bom que gostou, minha querida, pois Luís pediu meus conselhos para esse presente. - a Rainha Mãe ( Duquesa) cumprimenta Helena e a abraça.
- Duquesa, senti tanto a sua falta nesses meses. Fico agradecida pelo belíssimo presente. - Helena e a Duquesa construíram uma linda amizade durante a visita dos franceses a Inglaterra.
Eles entram no Palácio e ficam encantados com os detalhes, mas nada daquilo poderia se comparar comparar Versalhes  que era rico em pinturas, grandeza e luxo. Luís fez gosto de apresentar a todos da corte inglesa o Palácio na França, mas esse não era o seu favorito, mas era de onde a corte francesa sentia falta. Ao chegarem no salão de festas do Palácio de Luxemburgo, com aquele digníssimo carpete vermelho vibrante no chão,  Luís pede para Helena tocar uma música para todos no piano, ela fica envergonhada com tal convite não podendo recusar a não tocar para o rei ela senta-se ao banco do piano e começa a tocar. Depois da apresentação o rei pede para que Helena vai conhecer o restante do palácio junto a alguns nobres o restante do Palácio, ele queria tiraria desse convite uma oportunidade para ficar mais próximos de Helena.
- Não está feliz, princesa?
- Desculpe-me majestade, se pareço não está contente, isso é decorrência da longa viagem que fiz. - responde Helena, ela não poderia dizer o que realmente estava sentindo.
- Depois daqui você terá um longo dia para poder descansar mais, princesa.
- Não sabe o quanto estou ansiosa pata poder descansar. - Helena suspira.
- O quê houve?
- Todos eles não param de nos olhar, fico pensando no que eles podem achar sobre mim.
- Eles somente nos julgam e esperam que sempre façamos escolhas certas.
- Será que serei aceita quando me tornar rainha?
- Percebo que tem inseguranças em relação aos demais.
- Não, somente fico pensando se eles acham que sou boa o suficiente para governar ao seu lado.
- Já perguntou para mim o que acho sobre você governar ao meu lado?
Helena após lembrar da longa conversa que teve com Luís, escreve em seu diário:
" Naquele exato momento foi como se surgisse um novo sentimento por Luís, um sentimento de proteção principalmente por está rodeadas de olhares famintos que somente me julgavam. Um dos olhares mais penetrantes que vi assim que cheguei ao palácio foram os da Madame de Pompadour, se é realmente assim que devo chamá-la, a mesma cravou o seu olhar penetrante em mim e em Luís, pois o que ela mais deseja é está na cama dele, em seus braços e desfrutando de luxos que amantes passadas puderam. Não sei se o Luís que estou prestes a me casar será igual ao seu bisavô, mas mal sabe ela que se pudéssemos trocar de lugar eu seria a primeira a concordar, se ela deseja tanto Luís, troque de lugar comigo e vire a sua noiva que eu estarei livre para ir atrás do meu verdadeiro amoe e serei feliz para sempre. Não sei por onde ele anda, mas espero encontrá-lo."
- Majestade, posso me retirar e ir conhecer meus aposentos? - pergunta Helena a Luís.
- Por qual motivos desejas ir agora se mal começamos a andar pelo Palácio? - Luís pergunta surpreso.
- O cansaço da viagem me debilita e todos esses olhares direcionados a mim me deixam ainda mais cansada, preciso dormir um pouco para descansar. - explica Helena.
- Tudo bem, não vejo mal algum a querer descansar um pouco. - Luís permite que Helena possa se retirar.
Assim quando ela está saindo o rei tenta chamar a sua atenção mais uma vez e também fazer uma jogada para ficar mais perto da princesa.
- Princesa, depois podemos decidir o que iremos fazer durante esses dias para nós divertimos? - pergunta o rei.
- Por exemplo, majestade? -pergunta Helena.
- Já que você é tão talentosa com pintura, podíamos pintar um quadro meu ou talvez somente da natureza.
- Fascinante, uma ótima ideia! Irei pensar sobre o assunto. Tchau, majestade! - Helena é levada por uma das nobres do Palácio até seus aposentos, na monarquia francesa é uma honra e regra para os nobres do Palácio servir aos seus Reis e Rainhas.
Ao chegar em seus aposentos sua dama de companhia e outras servas estão a organizar os pertences de Helena. O quarto é esplêndido, dar para ver todo o jardim em primeira mão, é bem iluminado, arejado e com leves toque de azul por todo o quarto.
- Por favor, retirem de mim esta roupa, já não aguento mais. - ordena Helena.
- Vossa alteza, como foi o passeio com o rei? - pergunta Mary.
- Por favor, as outras podem se retirar! - as outros servas saem do quarto. - Estou totalmente cansada desse lugar, e nem faz muito tempo que cheguei. - diz Helena.
- Ele é a deixou mais irritada, majestade? - pergunta Mary.
- Até não, ele me disse algo muito importante, Mary.
- Sabia que os seus olhos brilharam agora, princesa? Quem sabe não muda de ideia e, não decide partir para longe.
- Jamais mudaria de ideia, principalmente a essa altura do campeonato.
- Princesa, tenho certeza que o rei Luís a faria muito feliz ou pelo menos tentaria.
- Eu esperei por tudo que estou prestes a viver durante toda a minha infância. Você conhece o amor, Mary, sabe muito bem como funciona.
Enquanto Helena se preparava para descansar após a longa viajem do outro lado de seus aposentos os seus pais conversarm sobre a viagem:
- Será que fizemos a escolha certa? - pergunta o Rei Eduardo.
- O futuro irá responder essa pergunta.  - responde a Rainha Eleonor.
- Imagino que Luís será um grande rei e junto a nossa filha será mais forte.
- Se ela não o levar ao declínio.
- Por que a subestima tanto?
- Meu Rei, você sabe o quanto Helena é teimosa, ao invés de resolvermos problemas prefere pintar.
- Assim como ela mesma diz: " Nas pinturas posso pintar tudo que sempre quis ter".
- O quê ela mais poderia ter de melhor além desse palácio?
- Também não sei, não penso igual a ele.
- Meu rei, não se perturbe tanto com esse assunto, tenho certeza que fizemos uma ótima escolha.
- O mais difícil é ter que partir e deixá-la aqui em terras desconhecidas.
- Ela foi educada a vida toda para esse momento, mesmo com toda a sua teimosia.
- Você não está sentindo o mesmo que eu, minha rainha?
- Meu Rei, tu que deverias está sentindo o mesmo que eu e também deveria ter se preparado para esse momento. Vamos descansar um pouco, pois depois teremos longos dias por aqui.



O primeiro amor da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora