Capítulo II (O beijo de Fellipe) - História contada por a princesa.

6 0 0
                                    


Naquela manhã, eu e Fellipe estávamos a brincar no jardim como sempre fazíamos durante anos. Só que durante todos esses anos algo tinha mudado, eu estava vendo Fellipe de outro jeito. Gostava de passar mais tempo com ele; odiava quando as damas de companhia vinham me buscar, para me levar a aula; quando estava na aula, pensava nele o tempo todo; esperava que a hora passasse mais rápido, para que pudéssemos brincar novamente. Ele me dizia sempre que estava sentindo às mesmas coisas que eu, e minhas bochechas ficavam tão vermelhas, mais vermelhas que as pétalas das rosas.

Por conta do grande baile que ocorreria no castelo na próxima semana, já fazia pelo menos uma semana que não o via pelo castelo, deveria está a ajudar seu pai na cozinha, visto que teríamos a festa para comemorar o meu aniversário.

-Mamãe, quando poderei brincar com Fellipe?-Pergunta a princesa com uma pequena expressão de felicidade.

-Filha, nesta semana você não poderá brincar pelo castelo com o criado. Você tem suas obrigações a cumprir, como: experimentar os vestidos, decidir às cores e suas aulas durante toda a semana. -responde a rainha com um tom de voz rude.

-Não o precisava chamá-lo de criado...

Naquele dia, sai escondida dos meus aposentos, antes mesmo que às amas chegassem para me acordar. Escrevi um bilhete e deixei onde somente eu e Fellipe sabíamos. No bilhete dizia: "Querido, Fellipe! Faz exatamente uma semana que não o vejo, imagino que possa está tão ocupado quanto eu, ou tão impossibilitado quanto eu. Ontem tentei falar com a minha mãe, sua rainha, para que eu pudesse sair um pouco dessa prisão, mas ela não aceitou às minhas pressas. Peço que possamos nos ver amanhã na ala oeste do castelo, pois preciso dizer-te algo importante! Para Fellipe, da princesa Helena I da Inglaterra.".

Eu não consegui dormir durante toda a noite, não sabia o que estava sentindo e se Fellipe havia achado o bilhete que deixei para ele.

- Eu já estava quase voltando para os meus aposentos... -diz a princesa

-Me desculpe, tentei vir o mais rápido que pude! Nem sei como conseguir achar bem naquele momento o seu bilhete, foi uma coincidência. -responde Fellipe, totalmente surpreso.

-Fellipe, você me disse que estava sentindo às mesmas coisas que eu na última vez que nos vimos. Sentiu saudades nesses sete dias sem ao menos me ver?

-Ora, princesa! Falei a ti tudo que eu estava sentindo, e são sentimentos iguais aos seus. Senti a sua falta, já estava a me conformar que só iria te ver ao passar do seu aniversário. -responde Fellipe - Aliás, esse é o meu presente! Não sei que é tão caro quanto os que costuma ganhar, mas é de coração.

-Obri... - a princesa fica sem palavras, para demonstrar tamanha felicidade.

-Será que o sentimento que estamos sentindo...

-É igual aos que os nossos pais sentem? Princesa...

-Fellipe, eu gosto de você e...

- Eu também gosto de você, prin...

Eu e Fellipe estávamos nos aproximando cada vez mais a cada palavra dita, não sabia oque estava acontecendo naquele momento, ambos estávamos perdidos naquela situação. Até que chegou o momento no qual os seus lábios encontraram os meus, e assim foi o nosso primeiro beijo. Só que infelizmente tudo foi por água a baixo quando damas da corte nos viram e logo foram chamar os reis.

- Desculpe-me, princesa! -Fellipe fala totalmente envergonhado

-Não precisa se desculpar! -responde a princesa sorridente

O primeiro amor da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora