Helena é a primogênita e única herdeira do trono da Inglaterra. Desde pequena o seu destino já é traçado por seus pais, atuais reis da Inglaterra.
Na infância ela se apaixona por Fellipe, filho do cozinheiro real, mas esse amor trará consequências t...
Enquanto Helena se preparava para viajar a Paris, Sophie observa o comportamento de Fellipe e toda a sua tristeza, ele ainda não havia nem se quer beijado em sua noite de núpcias. Sophie não queria permanecer no Palácio em Londres, pois se sentia muito mal porque todos riam da situação do seu casamento, faziam comentários maldosos sobre sua aparência e diziam que ela era tão feia que nem o próprio marido a desejava. Ela passava o dia todo trancada em seu quarto observando o mundo através da janela. - Fellipe, desejo que nos mudamos para o castelo da minha família, não é muito distante do Palácio, é muito grande e futuramente podemos criar os nossos filhos naquelas terras. O que acha? - No acordo do casamento não estava escrito essa mudança para sair do Palácio. - Meu esposo, sabes bem porque desejo sair desse ambiente. Não sinto-me bem nenhum dia se quer... - Sophie, eu sei o quê essas pessoas más comentam, mas peço que não dê importância. - Não desejas sair daqui de forma alguma, não é? - Você sabe que trabalho para o rei e meu único lar é este. - Então, terei que ir sozinha para lá. - Sophie levanta-se do sofá onde ela estava olhando para a janela. - O lugar de uma esposa é ao lado de seu marido. - Realmente acha isso? Semprei pensei que você me rejeitava. - Uma coisa não tem a ver com a outra, é o seu dever ficar do meu lado. - Você deveria ficar ao meu quando estou deprimida.
O silêncio permanece no quarto durante um tempo, depois de ver Sophie chorar, Fellipe resolve falar: - Tudo bem, Sophie eu não pretendo ir agora, mas prometo a você que não irei deixá-la sozinha. - Fellipe levanta e beija a cabeça de Sophie, logo após retira-se do quarto. - Mal casei e já sou infeliz. - lamenta Sophie. - Teve a chance de deixá-lo, porém, preferiu seguir errando. Pelo menos ele não é um gastador de fortunas. - diz a mãe de Sophie saindo do cômodo ao lado, onde que por trás da porta escutava a conversa da filha. - Menos, mamãe, ele também não gastaria minha fortuna em uma semana de casamento. - diz Sophie ainda sentada olhando para a janela. - Não sabe tola, querida, o esposo da filha da Duquesa de Riviera já perdeu metade da herança em menos de uma semana de casados, por conta dos vícios com jogos e prostitutas. - Fellipe mal tem tempo para o lazer, quando não está com a sua querida princesa, está trabalhando com o rei. - Os homens são difíceis de ser educados. - Mamãe, preciso de um assunto a menos para me preocupar, já estou cansada demais. - Você está com ciúmes da princesa? - Está tão óbvio? Ele sempre está perto dela para lá e para cá, e agora que ela irá partir se derrabou no penhasco da tristeza. - Não creio que ele seja apaixonado por ela. Tu sabes que além de você, ele também não está nada feliz com o casamento. - Mas mamãe, eu o amo do fundo do meu coração, o amo de corpo e alma, quero pelo menos tentar fazê-lo feliz. - E acha que o levando embora daqui ele irá ser feliz? - Não somente ele, mas também a mim. Não suporto mais esses olhares repugnantes de todos da corte, me julgam e riem de mim. - Minha querida, não ligue para tais comentários. - Eu tento, minha mãe. - Querida, antes de vocês partirem primeiro você deve se deitar com ele. Caso não ocorra a consumação ele poderá devolvê-la. - Não quero que isso aconteça... Depois de uma longa conversa com sua mãe, Sophie se preparou para conversar com Fellipe e lhe contar todas as suas aflições e ambições. Quando chegou à noite, Helena já havia viajado para a França, Fellipe estava ainda mais triste e não conseguia disfarçar a sua dor. - O que houve, querido? - Nada, somente estou um pouco cansado do organizar eventos e participar de reuniões reais. - Fellipe, eu tenho um assunto sério para tratarmos. - Sophie, eu já falei que não pretendo ir embora daqui, por favor, não me perturbe mais. - Perturbar? Tudo que menos quero é isso. Você não percebe o quanto me deixas triste? - Sophie... - Quieto! Por favor, me deixa terminar. Desde quando nos casamos, você nunca nem se quer me beijou depois do altar, não sorriu para mim, não me abraçou, não disse que me amava e nem me levou para a cama. - Tudo que eu sempre quis desde o dia em que o vi, foi poder te ter um dia somente para mim, mas pelo o quê vejo isso será impossível. Eu o amo do fundo do meu coração e quero que salvar esse casamento que já caiu em desgraça, não faça-me sofrer mais do que isso, concorde comigo e vamos sair do palácio. Diga-me o que me diz? - continua Sophie a falar em tom alto e aos prantos. Ela espera ansiosamente uma resposta digna de Fellipe e que ele realmente tenha percebido o quanto ela o amava. - Não sei, Sophie! - responde Fellipe com a cabeça baixa e envergonhado. - NÃO SABE? DEPOIS DE TUDO QUE LHE FALEI, VOCÊ NÃO SABE ME DIZER SE QUER E O QUE ACHAR, NÃO ME DAR ESPERANÇAS DE NADA? VOCÊ É UM MONSTRO! - Sophie se altera e começa a gritar com Fellipe. - Sophie... - SOPHIE? SOPHIE? SOMENTE ISSO QUE ME FALA, LEVANTA A SUA CABEÇA HOMEM, OLHE PARA MIM, NÃO SEJA FRACO! - Sophie começa a quebrar os itens de seu quarto, começa pelos lindos jarros de flores que o pai dela o mandou em plena manhã, depois quebrou seus perfumes caros, tirou todas as roupas do baú, rasgou as cortinas, começou a bagunçar o cabelo, arremessou alguns livros em Fellipe, desarrumou a cama e jogou no chão suas maquiagens. O jovem Fellipe tentou acalmá-la, porém, foi inútil. Sua esposa estava em um tremendo ataque de raiva, ela iria quebrar tudo que viesse em sua frente quando tentasse a impedir ainda mais. Ela arranhou levemente os braços de Fellipe que imediatamente começou a gritar pelos guardas pedindo ajuda. Os pais de Sophie chegaram e expulsaram Fellipe do quarto dizendo que a culpa daquela situação está acontecendo era dele. Fellipe assustado foi chamar um médico já que sabia que Sophie precisa de algum tipo de calmamente para poder descansar, passou alguns minutos e o médico real foi aos aposentos da jovem socorrê-la, ficou assustado com tudo que viu a sua frente, enfrentou muitos nobres para poder passar pela porta, todos eles estavam tentando ver o que estava por trás de todos aqueles soldados e riam da situação de Sophie. O médico a examinou imediatamente e receitou remédios calmantes para que Sophie pudesse se recuperar, dormiria a tarde inteira depois ao acordar comer, fazer algo e depois tomar novamente por quatro dias. Mal Sophie sabia que seria a última vez que viria Fellipe em sua frente, já que a princesa já havia partido para Paris, o jovem iria atrás dela no dia seguinte a sua partida, Fellipe chorou o dia todo e agora merecia reencontrar sua amada, ele sabia que quando acordasse Sophie ainda estaria dormindo assim como todos os nobres, sua esposa só iria acordar quando ele já estivesse longe e mal iria sofrer já que estava tomando remédios para acalmarem os nervos. Ao decorrer do resto do dia Fellipe se encarregou de escrever uma carta para Sophie dizendo em resumo o seguinte: " [...] digo-lhe minha Sophie, um homem sem dever é um homem sem importância, perdoe-me por ser quem sou e pelo o que faço, sou falho e infame. Seu coração não deve chorar pela partida desse pobre homem que um dia há de te amar [...]". Ele a fechou e colocou o celo, certificou-se que colocaria em algum lugar na qual ela visse logo. Logo ele foi ao jardim onde estava Bathorlomeu, se despedira de seu amigo. - Irei partir amanhã, meu grande amigo! - diz Fellipe. - Aqui está o dinheiro que o prometi. Já sabe para qual lugar ir? - pergunta Bathorlomeu. - Sim, iremos para o sul, distante da Inglaterra e distante da França, não poderão nos achar. - Que Deus os proteja! - Bathorlomeu, irei orar para que nada aconteça com você. Diga que não viu e não ouviu nada caso algo de ruim aconteça. - Tentarei proteger Mary e a mim, não quero perdê-la. - Helena deixará uma carta pedindo perdão aos pais e pedindo para que tenha piedade dos que não tem culpa, espero que eles atendam suas preces. - Mary é somente uma criada, seus pais não são importantes. Se eu com prestigio e poder corro risco, imagine minha pobre amada. - Fuja então, meu amigo, depois a busque. - Não se preocupe comigo. Sim, o seu cavalo estará no estábulo a meia-noite em ponto. Adeus, Fellipe! Foi uma honra conhecê-lo. - Digo-lhe o mesmo! - eles se cumprimentam pelo o quê parece ser um adeus ou um até breve. A meia noite chega, Fellipe levanta da cama e deixa a carta em um lugar para que não vejam facilmente, antes de abrir a porta, ele se despede de Sophie e pede que ele o perdoe. O jovem Fellipe parte a caminho da França para resgatar sua amada Helena, enfrentará longas horas de viagem pela frente. Sophie acorda bem cedo, mas com tantos remédios que estava tomando e com tantos cuidados, não saiu da cama e voltou a dormir. Assim foi até o dia seguinte quando sua mãe começou perceber a ausência de Fellipe, ela possibilitou a ideia de quê ele pudesse está no bordel, mas nem o homem mais forte consegue passar tanto tempo em lugares daquele nível, ela não quis assustar e estressar sua filha, por isso não contou. No dia seguinte, Sophie começa a perguntar por Fellipe já que está com um pouco de consciência sobre quem é, mas sem sucesso de resposta fica triste, sua mãe vem em sua direção com uma folha aberta e a entrega em suas mãos chorando, dizendo: - Minha querida, por favor, fique calma! - pede sua mãe. A jovem e triste Sophie ler a carta e em seguida a amassa, ela levanta da cama e começa a procurar por seu amado, porém, não tem respostas, depois ela começa a chorar e a surtar, porque realmente caiu em si de quê Fellipe realmente havia partido a trabalho e que não sabia se voltaria, já que ele sempre gostava de arrumar pretextos.
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