Capítulo 18

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--- Milorde, tenho que falar.- disse Rabicho em pânico . - Durante a nossa viagem repassei mentalmente o plano, o desaparecimento de Berta Jorkins não passará despercebido por muito tempo, e se dermos seguimento a ele, se eu enfeitiçar.....

--- Se?.- murmurou a segunda voz. - se? Você ter seguimento ao plano, Rabicho, o Ministério jamais precisará saber que mais alguém desapareceu. Você fará isso em surdina, sem conclusão, eu bem que gostaria de fazer isso pessoalmente, mais na minha condição atual....
Vamos, Rabicho, mais um obstáculo vencido, e o caminho até Harry Potter está livre . Não estou pedindo para que você aja sozinho. Até lá, o meu fiel servo terá se reunido à nós.....

--- Eu sou seu fiel servo.- disse Rabicho com um pouco de aborrecimento na voz.

--- Rabicho, preciso de alguém com cérebro, alguém que nunca tenha vacilado em sua lealdade, e você, infelizmente, não satisfaz nenhum dos dois requisitos.

--- Eu o encontrei.- diz com irritação. - Fui eu que o encontrei. Fui eu que lhe trouxe Berta Jorkins .

--- Verdade.- diz o segundo homem parecendo achar graça. - Um lance de genialidade que eu nunca teria achado possível em você, embora, e verdade seja dita, você não fizesse ideia do quando ela seria útil quando à pegou, não é?

--- Eu... eu achei que ela pudesse ser útil, milorde....

--- Mentiroso. - disse a segunda voz em zombaria cruel . - Mas não nego que a informação da mulher foi preciosa. Sem ela, eu nunca poderia ter traçado o nosso plano, e por isso você terá sua recompensa. Vou deixa-lo realizar uma tarefa essencial para mim, uma que muitos seguidores meus dariam a mão direita para realizar.....

( Oh as indiretas do Tio Voldy, crueldade em)

--- V... verdade mi....milorde qual?.- perguntou outra vez aterrorizado.

--- Ah, Rabicho, você não quer que eu estrague a surpresa! Sua parte virá bem no finzinho.... mas, prometo que terá a honra de ser tão útil quando Berta Jorkins.

--- O... o senhor.... o senhor.... Vai me matar também? .

--- Rabicho,Rabicho.- diz a voz fria. - Porque eu iria mata-lo? Matei Berta porque precisei. Ela não servia para mais nada depois do meu interrogatório, completamente inútil.
Em todo caso, haveriam perguntas embaraçosas se ela volta-se ao Ministério com a notícia de que encontrará você nas férias. Seria melhor que bruxos presumivelmente mortos não esparrasem em bruxas do Ministério da Magia em hotéis à beira de estradas...

Rabicho murmurou algo tão baixo que Franco mal pode ouvir, mais fez o segundo homem rir, uma risada sem alegria .

--- poderíamos ter alterado à memória dela? Mais os feitiços da memória podem ser desfeitos por um bruxo poderoso, como eu provei ao interoga-lá. Teria sido um insulto a memória da bruxa não usar as informações que ela me ofereceu, Rabicho.

Fora do corredor Franco , percebeu que a mão que segurava a bengala se tornará escorregadia de suor. O homem de voz fria tinha matado uma mulher. E falava disso sem remorso, se divertia com isso, era louco, doido.
E planejava outros assassinatos, o garoto, Harry Potter corria perigo....

--- Mais um feitiço.... e meu fiel servo em hogwarts..... e Harry Potter será praticamente meu, Rabicho . Está decidido. Não haverá mais discussão.
Mas fique quieto.... acho que ouvi Nagini....

A voz do segundo homem mudou, emitia ruídos , sibilava e bufava sem inspirar.
O jardineiro ouviu movimento no corredor escuro à suas costas, e virou-se , paralisou de medo. Uma cobra de no mínimo três metros de comprimento, e ao invés de ataca-lo a mesma passou por ele é entrou no quarto.

--- Nagini trouxe notícias interessantes Rabicho.

--- Ver.... verdade milorde.- respondeu trêmulo.

--- Verdade. Segundo Nagini, tem um velho trouxa parado do lado de fora do quarto, escutando cada palavra que dissemos.

A porta se escancarou, um homem gorducho de cabelos grisalhos e ralos, apareceu com uma expressão de medo e susto olhando Franco.

--- Convide-o a entrar Rabicho. Onde está sua educação? .

A voz fria vinha de uma velha poltrona em frente a lareira.
Assim que Franco entrou no cômodo não deixou de reparar na cobra enroscada no tapete podre, com uma metonha imitação de um bicho de estimação.

--- Você ouviu tudo trouxa?.- perguntou a voz fria.

--- Do que foi que o senhor me chamou?.- perguntou Franco desafiando.

--- Chamei-o de trouxa.- diz a voz calmamente. - Isso quer dizer que você não é bruxo.

--- Eu não sei oque o senhor quer dizer por trouxa. - disse com a voz mais firme. - Só sei que está noite ouvi o suficiente para despertar o interesse da Polícia, à isto eu ouvi. O senhor já matou uma vez, e pretende matar mais! E vou lhe disser outra coisa. - acrescentou. - Minha mulher sabe que eu estou aqui e se eu não voltar....

--- Você não tem mulher. - disse a voz fria muito baixinho. - Ninguém sabe que você está aqui. Você não disse a ninguém que vinha. Não minta para Lord Voldemort, trouxa, porque ele sabe... sempre sabe....

--- É mesmo?.- retrucou com aspereza. - Lord é, ora não tenho muito respeito pelos seus modos, milorde. Vire-se e me encare como homem, porque não faz isso?

--- Mais eu não sou um homem trouxa. - diz a voz fria . - Sou muito, muito mais do que um homem. Mas.... porque não? Rabicho venha virar a minha poltrona.

O servo soltou um gemido.

--- Você me ouviu Rabicho.

A cadeira foi girada de frente à Franco, este que só ver oque havia nela soltou sua bengala e um grito.
Houve um relâmpago de luz verde, um ruído farfalhante e Franco Bryce desabou. Morreu antes de bater ao chão.


 *  Heathens / Herdeira das Trevas * Onde histórias criam vida. Descubra agora