Prólogo

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"Queime todos aqueles que tentaram queimar você."
- Amanda Lovelace.

Prólogo.

No começo, havia a escuridão e o caos. Nas profundezas das águas negras, crianças do infinito foram geradas. Mas Deus tinha outro objetivo em mente. Então ele criou a luz, a terra, separou os mares e isolou essas criaturas de suas outras criações.

Não muito tempo depois que foram criados, os humanos antes puros, se rebelaram contra Deus e se tornaram impuros por vontade própria. Após isso, as crianças do infinito antes rejeitadas pelo Deus dos humanos, festejaram por sete dias e sete noites, a mesma quantidade de dias que Ele levou para fazer o mundo. Pouco tempo depois os humanos perceberam o poder que as crias da escuridão emanava, então eles começaram a temê-los e os venerar como Deuses vivos.

Essas crianças se tornaram adultos ao passar dos milênios e foram perdendo a sua ingenuidade e pureza. Algumas se tornaram entidades demoníacas, seu rancor pela humanidade as fizeram espalhar o caos por onde passavam. E outras se tornaram seres passivos que compreendiam que os humanos eram tolos de coração e precisavam de alguém que os liderasse em paz. Todos eles se tornaram pais eventualmente, e seus descendentes se espalharam entre os humanos na Terra, juntando-se em Clãs. Após o Deus dos humanos desaparecer em silêncio, eles reinaram e exerceram influência sobre os humanos por centenas de anos.

Apesar disso, todos aqueles Deuses sabiam a verdade absoluta. No fim, os humanos sempre seriam corrompidos por sua própria ganância. Ao passar dos milênios a humanidade evoluiu, e com o tempo as Crias da Escuridão também desapareceram. Ou pelo menos era isso que os humanos e os seus descendentes acreditavam.

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Alguns Anos Atrás

"Tsk, Tsk.."

O homem amarrado à sua frente cuspiu o sangue que estava sendo acumulado sem parar em sua boca. Seu rosto estava inchado e com uma coloração esverdeada. Esse barulho fez com que ele saísse de seus pensamentos. Ao redor do galpão, se encontravam inúmeros corpos dando seus últimos suspiros de vida, e o olhar de nojo e medo estavam cravados em seus rostos. Bastardos Tolos.

Ninguém era ingênuo o suficiente para enfrentar ele dessa forma. Todos sabiam que esse massacre ficaria gravado na história. Eles vieram porque quiseram e agora todos estavam empilhados.. E mortos. Mas ele tinha que reconhecer. Quem estava por trás desse ataque tinha uma influência absurda. Mas Madara Uchiha era um Deus, e não existia ninguém vivo na Terra capaz de fazê-lo se curvar.

"Eu não tenho as respostas que você procura.. Eu nunca vi o rosto do homem que nos enviou"

A voz do homem agredido estava trêmula e cansada, qualquer um perceberia que estava fazendo um grande esforço para falar e não se engasgar até a morte. O homem em pé desviou o olhar da lâmina que segurava em suas mãos e encarou os olhos do outro homem aos seus pés. Seu olhar estava suplicando para que fosse morto e a sua dor acabasse logo. Que pena, haha. Nem se quer foi uma de minhas considerações dar uma morte rápida a ele, pensava rindo consigo mesmo em sua cabeça. Nessa altura, ele havia perdido tanto sangue que seu braço decepado já estava parando de sangrar. A morte que ele tanto queria não demoraria a vir.

Um incômodo quase imperceptível por trás da sua córnea foi sentida e no mesmo instante suas pupilas ficam na cor do sangue fresco, um reflexo de puro deboche do fluído que saia de todos os corpos gélidos do local, e logo em seguida uma memória irreal foi implantada na mente do homem que estava morrendo. A última coisa que ele veria antes de morrer seria sua esposa e suas filhas sendo mortas pela crueldade de um homem de olhos vermelhos... de novo, de novo e de novo. Antes de sair do local, fez uma pausa por um instante antes de dizer:

"Te vejo no inferno, traidor maldito."

Do lado de fora, um homem encostado na porta dianteira de um carro preto, estava ascendendo pacificamente um cigarro. Ele escutou a chacina o tempo todo do lado de fora e nem precisou esperar muito. Seu irmão havia se superado desta vez. Quando chegaram o lugar estava cheio de homens de todas as cinquenta e duas gangues da cidade inteira, e o caçula levou menos de 6 minutos para matar todos. Parecia que quanto mais velhos eles ficavam, mais fortes e mais rápidos eles se tornavam.

Provavelmente no dia seguinte o local estaria empanturrado de autoridades. Ou melhor, a nova cadela do governo estaria ali. Deu mais uma tragada. Ele se sentiu mal por aqueles que tinham seu sangue correndo por suas veias, porque sabia que eles ainda seriam mortos, mas logo em seguida o sentimento passou. Sua piedade já havia acabado no momento em que suas crianças aceitaram serem submissas aos humanos por vontade própria. Agora todos aqueles humanos morreriam e a sua descendência seriam aniquilada juntos. Que desperdício de talento.

O ruivo olhou para o céu e seus olhos brilharam. A lua estava excepcionalmente linda hoje. Seus sentidos sobrenaturalmente aguçados detectaram uma movimentação em suas costas. O caçula estava de volta e ele estava radiando excitação depois de ter derramado um pouco de sangue humano. Ele sorriu de lado ao perceber isso. Ao passar dos milênios sua família se tornou um circo de masoquistas psicóticos.

"Para onde vamos agora? O genjutso já deve ter começado a fazer efeito naquele garotinho."

"Vamos voltar para a empresa em Nova York. Temos que continuar a entreter o público e o governo com o nosso teatro."

Os olhos de Madara brilharam e um instinto violento passou por eles, ao ouvir seu irmão mais velho. Que os mais fortes sobrevivam, disse para si mesmo com um grande sorriso malicioso.

Uchiha - Trovões E TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora