3|Ciúmes entre Amigos

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Chuva.

Emma adorava encarar a chuva, tocar a o vidro gelado da janela sentindo o arrepio percorrer seu pulso, mão, braço, ate se esvair no corpo. Era gostoso ao seu ver, ela achava lindo a visão do dia com o teor melancólico.

Porém, tudo parecia triste demais para se achar bonito.

Ela perecia na enfermaria sentada numa maca, encarando a janela de longe, vendo as gotas de chuva escorrerem pelo vidro do lado de fora. Seu pé esquerdo estava enfaixado, após ser banhado por uma poção de cura para melhorar.

— Olha só. Quando me disseram que estava aqui, pensei que tivesse mentido para matar aula.

Ela revirou os olhos suspirando pesado, fechou os olhos se recusando a dar bola para quem lhe aborrecia. Ela de outro modo tirou os cabelos do ombro os pondo para cima, juntando as mãos no colo.

— Parece que está morta assim.

Ela se segurou para não prover um xingamento ao lembrar que haviam enfermeiras ao redor.

— O que foi, Emma? Vai me ignorar agora? — provocou novamente o garoto.

Riddle sorria divertidamente a menina, que ao contrario dele achava aquilo sem graça. Aliás, era ela que estava sofrendo ali.

— Se veio me jogar na cara por causa que me defendeu de Potter, não, não irei lhe dar bola. — ela retrucou passando a mão nos cabelos longos espalhados sobre o travesseiro (que era tremendamente desconfortável).

— Esta me devendo uma, eu fui um bom amigo lhe defendendo, não? Ganhei quarenta pontos para Sonserina por ser prestivo defendendo minha colega.

Emma abriu seus olhos e encarou o garoto. Num ato rápido puxou seu traveseirro e jogou-o nele.

Ele do contrario segurou-o travesseiro antes de lhe acertar, rindo. Fazia tempo que o mesmo não dava risadas tão sinceras e despreocupadas. Afinal, provocar D'fel era seu passatempo favorito do dia ultimamente.

— Pare de ser babaca, Riddle! Quando eu melhorar irei lhe bater, melhor, irei estupora-lo! — ela rosnou quase lhe apontando um dedo.

— Vai mesmo? Mesmo se eu disse que trouxe isto.

Tom tirou do bolso uma embalagem de um sapo de chocolate. A menina encarou a embalagem e seus olhos brilharam ao ver o doce, porem seu olhar duro voltou aos olhos de Tom.

— Pode enfiar guela abaixo esse doce, não irei lhe agradecer. Nem morta.

— Pare de ser turrona, por Merlin. — Tom sério retrucou a garota, ela apenas lhe mostrou a lingua e cruzou os braços. — Se soubesse que me trataria assim nem teria vindo.

— Pois pode ir embora, se for ficar me importunando me deixe sozinha. Chato.

Tom agora serio deixou o travesseiro sobre a cama, ajeitou sua roupa no corpo, marchou para fora da enfermaria batendo a porta ainda.

Emma ao ouvir a porta bater ousou olhar, ainda brava sentiu leve fisgada no peito, afinal, Tom era seu único amigo (se é que podia chamar assim). O único que não ligava — ou não deixava tão explicito — seu pai ser influente ou ter dinheiro, ela abraçou a si mesma puxando o travesseiro para si mesma. Cobriu-se e fechou os olhos, ouvindo a chuva se intensificar.

Pacto de Amor - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora