Finalmente você

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Me surpreende que tudo esteja dando certo até agora, com um pouco de sorte, Klaus não descobriu minhas intenções  e não deve estar tramando alguma coisa, tenho que admitir que ele está sempre um passo a frente.

Sigo para a sala onde ficam os originais.

- é simples, abrir o caixão e tirar a adaga, eu tenho sangue humano aqui comigo e paciência, o que eu já tive muita.

Falo comigo mesma enquanto ando até lá mas quando me aproximo, vejo vampiros guardando o lugar e esses não estão ao meu favor.

{Ótimo, meu tio não dá ponto sem nó.}

Penso. Esses homens devem ter uns 60 anos de vampirismo, eu ainda posso ganhar a luta, mas antes, garanto ajuda.

Eu, Erick e mais dois vampiros, contra  4 homens que guardam a mesma porta, tenho estacas na mão, entrego uma ao meu amigo e vamos para cima. Dou golpes de várias lutas diferentes, os treinos por décadas tem que valer a pena agora, esses caras também são bons nisso, apanho um pouco mas bato mais, ajudo com outro vampiro, que está me dando trabalho, então, finalizo com a estaca em seu peito, ele caí no chão assim como os outros que já foram derrotados.

- Finalmente.

Abro a porta da sala, eu nunca imaginei que me sentiria assim de novo, feliz, mais perto de uma família, me aproximo do caixão de Elijah e abro, ele está do mesmo jeito de um século atrás, essas coisas ainda me impressionam.

- eu sinto muito por isso.

Falo como se ele fosse me ouvir, com uma grande força, eu enfio a mão dentro dele, posso sentir o coração mesmo sem os batimentos, isso é muito estranho mas continuo tentando encontrar a adaga dentro dele, quando encontro, eu puxo, retirando a mesma, minha mão está ensanguentada e eu seguro o tipo de faca e a observo por um instante, agora tenho que esperar Elijah reagir, então me sento no chão encostada na parede.

[...]

Minutos depois eu me levanto e volto a ficar perto do caixão, já era hora dele reagir, Elijah abre os olhos derrepente, observo tudo com curiosidade, me lembro do sangue e pego a taça com o líquido e o ajudo a beber, seu rosto vai se normalizando, está funcionando, depois ele se levanta e sai dali como se nunca tivesse dormido por mais de 100 anos.

- olá senhorita...acho que não nos conhecemos, a propósito, obrigado por me tirar daqui.

Eu não sei o que falar, talvez não seja uma boa hora para apresentações.

- eu trabalho com o Klaus e de nada.

- trabalha com meu irmão...imagino.

Ele faz uma expressão que eu não sei identificar.

- Isso quer dizer que vocês dois tem um acordo...Niklaus sempre quer levar vantagem em tudo.

- vou te dar um tempo para conhecer o novo lugar e os vampiros, depois com certeza precisamos conversar.

Estou apressada em sair dali quando ouço sua voz novamente.

- porque não libertou meus irmãos? Se eu soubesse como você fez isso, eu mesmo faria e libertava a todos mas não acho que você vai me contar.

Paro e me viro para ele.

- Eu já traí demais o Klaus...não posso, mas mais tarde conversamos.

Saio deixando ele livre para andar pelo lugar, ele é forte como o irmão, vai saber se defender. Subo para meu quarto e se meu coração batesse, estaria acelerado.

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