Mulher

VI

- Agatha, chegamos. - Chegamos na casa de seus pais para eu conhece-los.

A 3 meses que estou saindo com Kaleb e descobri que ele é filho da dona da empresa de agência de modelos e seu pai é um advogado que nunca está presente.

- Kaleb, então é essa a garota que laçou seu coração -diz Helena mãe do Kaleb, percebi seu tom de sarcasmo. 

- Senhora, acho que ele que laçou o meu - digo sorrindo mais simpática possível

- Vamos para a sala sua irmã já está nos esperando.

- Catrina essa é Agatha, namorada de seu irmão. - Helena diz para uma garota loira de costas para nós.

- Oh, se não é a famosa Agatha - diz Catrina, a garota que me encontrou no quarto de seu namorado.

Droga

QUE MERDA

- Olá! -cumprimento com um sorriso forçado

- Vocês se conhecem? -perguntou Kaleb

- Não - Sim -respondemos ao mesmo tempo

- Nós nos conhecemos em um mal entendido - ela responde, bebendo mais um gole de seu vinho

- Ok garotas. Vou deixar vocês um pouco sozinhas, enquanto vou a procura de papai. -disse por fim achando a situação engraçada

- Você está aqui pelo dinheiro, só não vai ganhar nada, prostituta. - diz Catrina quase pulando em mim

- Eu não sou prostituta -digo levanto a sobrancelha

- Olha aqui garota se você tentar alguma coisa com Kaleb com Baltazar, eu...

- Pera. Qual é o nome do seu pai? -a interrompa tensa

- O quê?! Não me diga que meu pai já foi seu cliente? -ela pergunta irônica

- Garotas, desculpe interromper, mas quero apresentar Agatha. Pai, essa e Agatha minha namorada. - diz Kaleb, quando viro de uma vez e vejo Baltazar no pé da escada me olhando confuso.

E foi naquela hora que uma chuva virou uma tempestade.
Sentindo o aperto da mão de Baltazar, percebi a confusão no seu olhar por eu estar ali. Tudo que eu queria era que essa noite acabasse logo, logo não. AGORA. Sempre pedi tranquilidade, mas é isso que me aparece.

- Kaleb, venha me ajudar em algumas coisas que faltam para o jantar, e deixe eles se conhecendo. - disse mãe de Kaleb o puxando para o rumo da suposta cozinha.

- E então Agatha, me responda você e o meu pai já tiveram algo? -pergunta Catrina

- Sim -digo suspirando e olhando para Baltazar

- Mas foi a um tempo filha

- A quanto tempo?

- Mais ou menos a 3 meses atrás.

- O QUE?! - grita meio assustada

- Mas não a nada entre seu pai e eu. -afirmo

- Você que não quis - sussurra Baltazar para que só eu possa ouvir, bufo em resposta.

- Mais que droga, pai eu pensava que amava a mamãe -ela falo chorona

- Eu amo sua mãe, Helena.

- Não e o que me disse na última vez que nos vimos. -digo colocando mais lenha na fogueira

- Você disse a essa aí que a amava? - Baltazar olha para o chão.

- Se o fator de você estar aqui Agatha for para me provocar, é melhor parar - Baltazar fala sério

- Eu não planejei nada disso - tento me explicar

Coloquei uma cara de plena, e fui em busca do Kaleb, não iria ficar nem mais um segundo sozinha com sua irmã e/ou seu pai. Por sorte o jantar já estava sendo servido, agarrei o braço de Kaleb ignorando os olhares de repudio da Catrina. Ao terminar a sobremesa já estava pronta para chamar o Kaleb para irmos embora, antes de conseguir fazer isso ele se levanta e chama a atenção de todos. Faço uma cara de apreensiva, mas ele nem dá moral para mim.

- Eu gostaria de oficializar esse relacionamento, além dessa reunião maravilhosa - ele retirou uma caixinha do bolso - Agatha, sei que você não gosta de usar anéis, então providenciei outra coisa que possa substituir o anel - ele abriu a caixinha e vi duas pulseiras lindas, delicadas e finas.

Levantei e o abracei com os olhinhos cheios de lágrimas, deixei ele colocar a pulseira em mim e logo coloquei a dele, virei para Catrina mostrando que ganhei uma coisa que valia mais que uma mala de dinheiro, ela retrucou revirando os olhos e sorrindo com muita falsidade.

- Não precisava amorzinho - digo dando um selinho nele - Por que nós não vamos no seu quarto? - digo perto do seu ouvido, Kaleb falou que iriamos fazer um tour pela casa e fomos para o cômodo que mais me interessava

A porta do quarto de Kaleb foi aberta e a única coisa que eu poderia falar era UAU, estava cheio de posters nas paredes e estantes repletas de livro, típico de um adolescente nerd. Havia um pouco de poeira em alguns móveis, mas tudo estava em perfeito estado como se eu pudesse ver Kaleb adolescente entrar correndo e se jogar na cama com sua mochila nas costas. Notei as fotos que preenchiam alguns espaços entre os livros, fotos com os pais, irmã, amigos e uma em especial em que estava ele e uma garota com os rostos colados olhando sorridentes para a foto.

- Devo me preocupar com ela? - aponto para a garota da foto

- Era uma grande amiga e primeira namorada - ele diz com um sorriso nostálgico, limpo a garganta o fazendo lembrar que ainda estava ali e que ele não tinha respondido minha pergunta - Não precisa se preocupar ela é passado, e você é presente e futuro eu espero  - faço um barulho mostrando que não estava caindo naquela embromação

Ele fechou a porta do quarto e nos deitamos em sua cama, nos fazendo lembrar da noite que deitamos sob as estrelas, agora olhando para o teto só era visível algumas estrelas velhas grudadas no teto quando um carro passava e a luz do farol iluminava parte do teto. Aproveitei que Kaleb estava concentrado olhando para as estrelinhas e fiz meu rosto de obstáculo entre ele e o teto.

- Você está me impressionando cada vez mais. Conhecer seus pais já era uma coisa que me deixou completamente nervosa e você me fez ficar ainda mais nervosa quando tirou aquela caixinha do bolso. Pensei que iria me pedir em casamento.

- E isso seria ruim? - ele me perguntou com as sobrancelhas levantadas

- Claro que não, só fugiria ao invés de te dar uma resposta - nos rimos - Obrigada por deixar eu fazer parte da sua vida. - falei sentindo saudade dos meu pais

- Como não deixar uma garota como você não fazer parte da minha vida - ele tirou uma mecha do meu cabelo que tampava um pouco minha visão

- Sua cama é resistente? - fiquei de joelhos em cima dele com uma perna de cada lado, ele me perguntou o por que com o olhar - O que eu quero fazer aqui precisa de uma superfície bem resistente - digo e começo a beijar seus lábios e trilhando um caminho de beijos até a gola da sua camisa