Esqueça me, Noah

Noah

Uma semana depois...
 
 
“Senhoras  e  senhores!”  Meu  professor  de  Economia  IV está na frente da sala de aula. “Quero recebê-los pessoalmente para uma classe especial chamada  Inferno na Terra.”

Todos na sala riem quando ele acende as luzes.

“Não estou brincando,” ele diz, sua voz baixa. As risadas se  dissolvem  em  silêncio  e  todos  abrem  seus  cadernos enquanto ele escreve algumas palavras no quadro branco.

“Ei.”  A  garota  à  minha  esquerda  limpa  a  garganta, fazendo-me olhar para ela.

“Sim?” Sussurro.

Ela sorri e apenas olha para mim. Então tira uma foto e sai da sala.

Seguro uma risada.

Definitivamente uma caloura...

“Meu nome é Professor Hughes,” continua meu professor.
“Para o próximo semestre, você precisa estar preparado para ser massacrado como nunca antes. Meu trabalho é eliminar as pessoas  que  não  conseguem  fazer  isso  na  faculdade  de administração,  das  pessoas  que  podem  sobreviver  uma semana ou duas na escola de negócios.”

Ele começa a distribuir o programa de estudo enquanto a tela atrás dele se ilumina. As palavras na  tela Você tem até a próxima  semana para largar a minha aula sem penalidade.

Quando ele chega à minha mesa, levanta a sobrancelha, mas não diz nada.

“Se  quiser  passar  nesta  matéria,  precisará  comer, respirar  e  dormir  economia.  Fará  um  teste  a  cada  duas quintas-feiras,  um  trabalho  de  análise  será  entregue  toda terça-feira e será responsável por apresentar um trabalho de tese de quinze páginas sobre um tópico que devo aprovar até o quinto dia do mês que vem. Há alguma pergunta?” 

Algumas pessoas levantam as mãos.

“Nenhuma mesmo?”

Mais mãos levantam.

“Muito bem, então.” Ele sorri e acende as luzes. “Classe dispensada.”

Alguns alunos tentam abordá-lo com perguntas, mas ele apenas  diz:  “A  classe  foi  dispensada”  repetidamente  até  que eles se afastam.

Fecho meu caderno e fico de pé.
“Sr. Urrea?”  Ele  diz  olhando  para  mim.  “Você  pode  se juntar a mim no pódio por alguns minutos?”

“Claro.”  Caminho  até  ele,  que  espera  até  que  ninguém mais esteja na sala de aula.

“Sr. Urrea,  por  que  está  fazendo  minha  aula  neste semestre?”

“Porque preciso disso para me formar.”

“Você  pegou  a  Economia  V  mais  avançada  no  ano passado, e me doeu dar o primeiro A em seis anos,” ele diz sorrindo. “Você provavelmente vai passar por Economia IV, e vou ser forçado a dar-lhe outro.” Ele bate no queixo. “Isso pode afetar minha reputação por aqui como o professor  C mais e  B menos, e não sei como me sinto sobre isso.”

Pisco. Nunca posso dizer se ele está brincando ou falando sério.

“Você  não  está  se  formando  em  Escrita  Criativa?  Não pode fazer uma dessas aulas em vez desta para o semestre?”

“Eu  já  completei  todos  os  cursos  obrigatórios  para  o curso,” digo, um pouco chateado que o resto das minhas aulas para o meu último ano será desprovido de qualquer escrita.