Epílogo

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Aceno para meu pai e Stella enquanto o táxi deles vai para o aeroporto alguns dias depois.Quando não consigo mais vê-los, vou até a loja de presentes mais próxima do navio, pronta para  pegar  as  lembranças  finais  antes  de  embarcar novamente.

Jogo  um  novo  conjunto  de  cartões  postais  na  minha cesta, vou até a parede de canetas com monograma e procuro pelo nome de Noah. Quando encontro, pego um capuz e um chapéu combinando também.

Como tenho serviço de telefone aqui, planejo usar minha meia hora final para responder a algumas das mensagens de texto que ele enviou.

Ou talvez eu deva ligar... Talvez deva ligar do navio para que possamos conversar por mais de trinta minutos.

Debatendo  comigo,  vou  para  a  fila  do  caixa  e  coloco minhas coisas no balcão.

“Então, você realmente não ia me escrever de volta?” Uma voz profunda familiar diz por trás. “Não ia entrar em contato comigo?”

O que?  Eu me viro e me encontro cara a cara com Noah.

Seu sexy olhos verdes brilham sob as luzes, e seu lábio se curva em um sorriso.

Meu coração quase pula do meu peito quando ele me olha de cima a baixo.

“Estou  feliz  que  esteja  aqui  e  não  em  Moscou,”  ele  diz, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. “Caso contrário,  teria  que esperar  para vê-la  na  China  no  próximo mês.”

“Você teria voado até lá só para me ver?”

“Num piscar de olhos.”

Nós nos encaramos, e todas as palavras que pensei que queria dizer subitamente deixam meu cérebro.

“Senhorita?”  A  caixa  chama.  “Senhorita,  quer  que  eu registre suas coisas?”

“Ela  quer,” Noah diz,  passando  por  mim  e  entregando seu cartão de crédito.

Nós  não  dizemos  nada  enquanto  ela  toma  seu  tempo escaneando  e  ensacando  minhas  lembranças,  e  quando termina, Noah me entrega a bolsa e passa o braço em volta da minha cintura, me levando para fora.

Ele me leva até um banco, mas não se senta. Apenas olha para mim.

Não  querendo  desperdiçar  nenhum  dos  meus  minutos restantes, deixo escapar um suspiro.

“Eu ia escrever de volta. Acabei  de  terminar  de  escrever  cinco  cartas  esta  manhã  e estava prestes a ligar ou mandar uma mensagem para você. Ainda estava tentando ver qual fazia mais sentido, então não é como...”

“Eu te amo, Sina.” Ele interrompe meu discurso. “Eu te amo.”

Meu coração acelera e ele pressiona o dedo contra meus lábios.

“Você  me  ouviu,”  ele  diz,  sorrindo.  “Não  tem  que  me perguntar  o  que  acabei  de  dizer,  mas  porque  sei  que  ainda precisa  ouvir  de  novo...”  Ele  beija  minha  testa.  “Eu  te  amo, Sina Deinert, e te amo desde os sete anos e meio de idade.”

Meus olhos se arregalam.

Ele passa os dedos pelo meu cabelo.

“Sinto muito por não ter pensado em você quando me inscrevi para ir a Nova York para um programa para o qual nem queria ir. Isso foi além do egoísmo,  e  você  estava  certa sobre  eu  fazer  isso  para  a aprovação de outra pessoa.”

“Você acabou de dizer que me ama desde os sete anos e meio de idade?”

“Sim.”  Ele  me  puxa  para  perto  e  me  beija  até  que  não consigo  respirar.
“Deixe-me  terminar...”  Ele  espera  até que eu recupere o fôlego, então esfrega as mãos nas minhas costas.
“Sinto muito por não te contar sobre Nova York primeiro, por não  estar  disposto  a  ficar  como  você  estava.”  Ele  faz  uma pausa. “E sei que está prestes a voltar ao seu navio, mas quero que saiba que estou disposto a ir a qualquer lugar a partir de agora para mostrar o quanto você sempre significou para mim.
E, por mais que eu goste de escrever suas cartas, prefiro vê-la pessoalmente todos os dias.”

Esqueça me, Noah Onde histórias criam vida. Descubra agora