Capítulo Quatro

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Break down, only alone I will cry out now
You'll never see what's hiding out
Hiding out deep down, yeah, yeah
I know, I've heard that to let your feelings show
Is the only way to make friendships grow
But I'm too afraid now, yeah, yeah

Derrotada, só choro quando estou sozinha agora
Você nunca verá o que estou escondendo
Me escondendo lá no fundo, yeah, yeah
Eu sei, já ouvi essa história que mostrar seus sentimentos
É a única maneira de fazer as amizades crescerem
Mas eu tenho muito medo agora, yeah, yeah

Unstoppable- Sia

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Dois meses depois

Dois meses se passaram e junho chegou. Joaquim se adaptou à casa e à família Armeline e se sentia mais completo e feliz que nunca, embora várias vezes sentisse a falta de seus pais e saudade das pessoas que ficaram para trás. Na fazenda Arellano a busca pelo menino foi encerrada após uma rebelião dos escravos, rebelião que só acabou após a morte de mais um escravo, coronel Arellano reforçou a segurança depois do ocorrido e Alafin não pôde arriscar ir na cozinha novamente

Em mais uma tarde ensolarada em Campo Novo, Lúcia estava sentada no sofá da sala lendo um livro, até ser interrompida por Alice que chegou se jogando no sofá

-O que está lendo?

-Um livro! – afirmou Lúcia- não está vendo?

-Mal humor?

-Só quando interrompem minha leitura

-Se não quisesse ser interrompida que lesse no seu quarto

Lúcia não respondeu

-É romance?

-Não!

-Então não tem graça

-Não sei por quê você se interessa tanto por romance

-Porque é legal e eu me imagino na história

-Mas a realidade não é como nos livros

-É exatamente por isso que eu leio- Alice retrucou sorrindo

Uma mulher de cabelos escuros presos em um coque, usando um vestido azul escuro, com olhos azuis e frios entrou na sala, ela possuía um ar misterioso e intrigante, as duas meninas não conseguiam decifrar sua expressão e, particularmente, acreditavam que ninguém era capaz. O nome da mulher é Elvira Arellano, nascida Almeida, guarda todos seus sofrimentos e angústias para si mesma e isso transparecia em sua face na forma de nada, como um livro fechado, você só consegue saber o que tem dentro depois de ler, mas o livro Elvira Arellano era fechado às sete chaves, e ninguém as possuía

-Lúcia, seu pai quer falar com você- Lúcia e Alice se entreolham- agora!

-Mãe, posso ao menos terminar o capítulo? – perguntou Lúcia

-Você sabe que Sebastião não gosta de ficar esperando- disse Elvira- ele está no escritório

Lúcia se levantou e foi para o escritório, enquanto caminhava só conseguia pensar sobra o que seria a conversa, Sebastião raramente chamava uma das filhas para conversar e ela não conseguia pensar que seria algo bom

Ao chegar na porta ela hesitou, mas após alguns segundos bateu na porta, ao ouvir um entre ela entrou

O escritório do coronel Arellano era simples, tinha apenas um armário cheio de papéis sobre os negócios da família e uma mesa enorme com duas cadeiras na frente e uma atrás, essa era a cadeira dele e ele estava sentado lá olhando para Lúcia, mandou a garota se sentar, ao fazer isso começou a falar

Sinal dos TemposOnde histórias criam vida. Descubra agora