Capítulo 11

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Meu coração palpitava em meu peito, não de uma maneira ruim, mas esse era o problema.

Minutos atrás, antes que eu pudesse perceber, ainda perdida em meu transe, meu rosto involuntariamente havia se aproximando bastante do de Nate, estávamos a míseros centímetros um do outro, eu podia sentir a sua maldita respiração.

E então algo estalou em minha cabeça e me trouxe de volta para a realidade. Eu estava prestes a beijar Nate, e a pior parte é que eu queria muito que eu não tivesse me afastado é corrido dali.

Porque eu queria mesmo saber o que ia acontecer depois, queria saber até onde Nate estava brincando, o quanto dos seus flertes nos últimos dias foi verdade. Mas eu não podia, não faria isso com ele, nem comigo.

Ele era um vampiro, e por mais que fosse muito raro, eles também tinham parceiros, e Nate talvez tivesse uma. Ele era jovem, bonito, gentil, atencioso e...e o que importa é que ele provavelmente teria uma parceira, e não seria eu.

Mas a pior parte, foi quando eu praticamente corria para fora do meu quarto. Foi quando senti os olhos de Nate em mim todo o trajeto, foi quando escutei sua risada rouca, algo no som me fez ter certeza de que ele sabia, que se ele quisesse, conseguiria um beijo meu a qualquer momento, e eu não tinha ideia do porquê. Maldição.

Por que Nate não havia se afastado? Sim, ele flertou comigo todos esses dias, mas não era sério, não é? Ou eu quem não havia levado a sério?

Sem mais outra escolha, acabei indo para o escritório do meu pai, e os acontecimentos traumáticos de pouco tempo atrás, pareciam ter ocorrido a uma eternidade.

Isso sempre acontecia quando Nate estava por perto, o tempo sempre parecia passar de uma maneira diferente.

Suspirei, sentada na cadeira do meu pai, completamente sozinha. Foi então que decidi que eu já havia passado muito tempo procrastinando.

Eu tenho chorado e me amedrontado desde que meu pai foi levado, o que eu estava pensando? Que meus problemas se resolveriam sozinhos? Que se eu esperasse, águem tomaria partido e acabaria com esses rebeldes?

Cada maldito dia que se passa aqui, era mais um dia que meu pai passava nas mãos daquele homem maldito. Cada dia os rebeldes atacavam novas vilas, roubavam vidas e destruíam sonhos.

E o que eu estava pensando?

Eu espero um maldito resultado para tudo, mas eu nunca tomo a iniciativa. Sempre fico esperando alguém em dizer o que fazer, ou alguém aparecer e tomar o controle das coisas para que eu volte para minha ignorância.

Porém, desta vez basta. Tenho falado para todos os ventos que eu vou encontrar meu pai e acabar com os rebeldes. Mas o que eu fiz até agora? Nada, absolutamente nada.

Por isso, decidi fazer o que meu pai vem me ensinado desde que eu completei 10 anos de idade. Ser racional e perspicaz.

Organizei todo o escritório e separei pornografem de importância os assuntos da alcateia, depois separei os livros que falavam sobre demônios, estes eu estudaria depois, e por fim separei diversos mapas de diversas regiões ao redor do mundo.

Nate disse que eu só precisava de prática para me tornar uma Alfa, e pela deusa, talvez eu nunca fosse me tornar uma, mas enquanto meu pai não está aqui para governar as coisas, eu farei isso por ele.

Assinei algumas autorizações e escrevi cartas para os outros Alfas, lhes informando que não havia preocupações sobre o desaparecimento da linhagem suprema. Já o restante dos trabalhos estavam com John, em seu próprio escritório.

A Filha do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora