Laços Da Verdade | Happy Tree Friends |

Deliberação

- Um peixe grande certamente caiu na minha rede! O que acha?

O desconhecido refere-se à si mesmo e passa uma das suas mãos pelo cabelo volumoso para tentar me cativar. É um homem certamente bem mais velho que eu!

Me sinto muito desconfortável e afasto para o rodiar e continuar meu caminho. Sem olhar para trás, eu deixo bem claro:

- Não estou interresada. Meu amigo está me esperando, desculpa.

Não sentia que seria necessário ficar com medo, porém mudei de ideia rapidamente quando ele agarrou meu braço, me fez rodopiar e pressionar minhas costas contra seu peito. Meu coração disparou.

- Senhor, eu já disse, me larga agora! Meu amigo está naquele carro!

Tento ficar ereta, mas é um fracasso pois ele me impede.

- Mina, você é muito da hora. O Disco aqui certamente é mais maneiro... - Ele me vira e deixa seu rosto à centímetros de distância do meu. - ...que seu amigo! - O estranho, provavelmente chamado Disco, move seus lábios para fazer biquinho e tenta me forçar à beijá-lo. Sinto repulsa imediatamente e grito o mais alto que consigo o nome de Flippy.

Ouso a porta do carro ser batido com força, mas enquanto isso, perigosamente podia sentir a respiração do meu agressor contra minha pele.

Senti a obrigação de agir antes que nossos lábios se tocassem. Movi a cabeça para trás e bati minha testa na dele, dando a famosa cabeçada! - Aaai! - O disco parecia estar chocado com o que aconteceu, além de aparentar estar com dor. Ambos estávamos, minha testa também doía. O aperto nos meus braços froxou e, antes que eu mesma saísse de perto, Disco é afastado bruscamente por Flippy que apenas usa uma mão. O de cabelos verdes segura Disco pelo colarinho e o prensa contra a parede de tijolos.

Repouso minha mão na testa e observo Flippy em choque. - Flippy! Que bom que-

- O que você ia fazer!!? Quem é você!? Quem te enviou!!!? - Ele gritava bem alto, o que me fez dar um pulo de susto por conta da sua entonação. Disco se tremia todo e apertou os olhos por não suportar a pressão.

- E-Eu não fui enviado por ninguém! Me deixa ir, por favor! - Em uma tentativa de acalmar o homem enfurecido, Disco tentou colocar ambas as mãos gentilmente nos antebraços de Flippy.

- Tire suas mãos sujas de mim! Você ia fazer o que com ela!? - No susto, ele obdece e as retira. Flippy fitava os olhos de Disco pronto para esganá-lo a qualquer momento.

- E-Eu apenas ia beijar, nada mais! Achei que podíamos nos conhecer melhor e xavecar. - Os braços de Flippy tremem por pouco tempo. Não sei dizer se é pelo choque ou por estar com dificuldade de manter o agressor no ar.

Franzo a testa e fico ao lado de Flippy, demonstrando toda a raiva que eu sentia através da minha face. Aponto o dedo indicador com a mão livre para Disco, e o digo com armagura:

- Você me forçou!, seu, argh!, contra minha vontade! Isso é agressão e é crime!

- C-Crime!? Não, mina, minha intenção era te tratar bem! Não chame a policia, por favor. Podemos conversar, conhecer melhor um ao outro e vai perceber que sou um cara legal. Eu tenho um bom histórico na fama, vai se impressionar com o quanto de gran- - Em questão de segundos, Disco se encontra no chão atordoado pelo impacto do punho de Flippy no rosto dele. Eu arfo vendo o de cabelo volumoso contorcer no chão.

- Flippy! - Eu o chamo atenção. - Não somos melhores que ele desse jeito!

Porém, ele me olha sem nenhum ressentimento. Antes que algum de nós pronunciasse, Disco chamava atenção ao resmungar. - I-Isso n-não foi um xaveco! Era para se simpatizar c-comigo... - Ele se senta no chão com dificuldade.