🎃 Hallowonce é um evento de Halloween contendo uma coletânea de one-shots temáticas de Halloween, terror e Twice, escritas por 9 autores do ficdom once, cada uma contendo uma das membros do Twice como protagonistas!
Como uma forma de trazer algo di...
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sinopse: A imortalidade pode ser algo que muitos queiram, menos ela.
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Coreia do Sul, 2004.
Uma chuva forte, acompanhada de raios e trovões, caía sobre a cidade de Seul tornando a madrugada fria e agitada para as garotas do orfanato localizado em Gangdong-gu. Após muita insistência e tentativas de acalmar os ânimos pela inspetora, todas as crianças conseguiram deitar em suas camas e entraram num sono profundo.
Entretanto, uma das órfãs, mais precisamente na fileira do meio e com a cama colada na parede, parecia estar em um sonho agitado, já que seu corpo se movimentava de um lado para o outro ao mesmo tempo em que ela murmurava algumas palavras em uma língua desconhecida.
Sua visão estava embaçada, mas era possível distinguir a silhueta da mulher que estava alguns metros à sua frente no meio daquela névoa e escuridão. Piscando algumas vezes após esfregar os olhos com as pontas dos dedos, ela conseguiu ver com mais clareza as costas nuas da mulher. Era curioso. Afinal, estava em uma rua desconhecida por si, já que todos os letreiros de lojas e placas estavam numa língua que não entendia, e com uma mulher que não conseguia ver o rosto.
Deixando seus olhos vagarem pelas costas, viu um desenho de uma serpente mordendo a própria cauda formando um círculo perfeito logo abaixo da sua nuca. Tentou se aproximar, mas seu corpo estava paralisado. Tentou chamar pela mulher, mas sua boca nem mesmo se abria.
O corpo pequeno da criança se movimentava como se tentasse se soltar de algo que a prendia. Suas mãos estavam fechadas em punhos ao lado de sua cabeça, mas não se movia, apenas suas pernas balançavam agitadas e sua cabeça que virava de um lado para o outro e seus lábios que soltavam grunhidos.
— Me solta! – gritou sentando-se na cama às pressas ao mesmo tempo que seus olhos vagavam pelo cômodo tentando identificar onde estava.
Seu peito subia e descia com rapidez mas, aparentemente, estava tudo bem. Ela estava em casa.
Tudo estava bem.
New Orleans, 2023.
Dias atuais.
A chuva forte que tinha tomado conta da cidade algumas horas mais cedo já havia ido embora deixando apenas algumas poças d'água espalhadas pelo chão, um vento frio e uma neblina que aos olhos de muitos poderia ser bem assustador.
