[MOMO] Entre beijos doces e mordidas amargas - Ruby

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autor: hiraivodka

sinopse: Após décadas fechada em um caixão, Kim Dahyun poderia ter alvo melhor para saciar sua sede do que a jovem que entra despretensiosa e curiosa pelas portas de sua mansão na noite de Halloween?

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O retumbar forte da madeira colidindo com o chão de pedra ecoou pelo enorme salão

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O retumbar forte da madeira colidindo com o chão de pedra ecoou pelo enorme salão. Enquanto as ondas sonoras ressoavam pelas paredes, longa e demoradamente, como se o ambiente se aproveitasse e apreciasse o som, as pequenas aranhas tecendo suas teias nos cantos das paredes, as baratas correndo sorrateiras próximas ao rodapé gelado, e todos os outros tipos de pequenos seres que se aproveitaram da inutilidade daquele cômodo estranharam a repentina presença do som.

O que se sucedeu a ele foi o silêncio: estranho e frio, caindo pela sala mais pesado do que o tampo de mogno do caixão, que agora se encontrava aberto.

O arranhar suave da unha longa contra a madeira, enquanto os dedos pálidos e esguios se erguiam para fora da tumba e seguravam em sua lateral, se firmando nela.

O corpo se ergueu para fora, o ruído das roupas pesadas contra o acolchoado de dentro, o rosto frágil surgindo, as pupilas dilatadas varrendo a sala de um canto ao outro com movimentos rápidos demais. O ambiente era absolutamente escuro, não havia uma fresta pela qual o sol pudesse penetrar - e se pudesse, seria fácil de ver a poeira voando em festa por todo o ar.

Os pés de dedos magros tocaram o chão quando o corpo deixou o caixão, e os barulhos de ratos ouriçados chegaram aos rápidos ouvidos da figura fraca e curvada, enquanto eles temiam pela presença dos humanos.

Mas, com o barulho dos animais, ela sentiu seus lábios coçarem com a pressão interna de algo crescendo. E, talvez, se a luz do sol de fato pudesse entrar e iluminar o corpo presente, frágil, parado em pé ao lado da tampa do caixão enfeitado com uma placa de ouro e as iniciais VD, os ratos relaxariam ao saberem que não teriam que se preocupar com humanos.

Afinal, não tinha nada de humano na presença dentro daquele salão.

[...]

O vento soprava seus cabelos negros para cima de seu rosto, e a jovem usou suas mãos para afastá-lo e conseguir olhar para o papel que parecia implorar por sua atenção. Bom, com certeza não implorava só pela sua: aquele era um evento que estava prendendo os olhos de todos daquela cidade.

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