[MINA] A anatomia está viva, as almas que não - Bifa

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[ Atenção! Todas as one-shots desse livro são independentes, um capítulo não é ligado ao outro. Você pode usar a tag #hallowonce9 no Twitter para interagir com o projeto e comentar o que achou. Lembre de checar o perfil do autor da shot antes de sair!  ]

autor: minarishoney

sinopse: À bem da verdade, o cérebro inventa tudo que você vê. Os olhos apenas captam imagens, mas o significado que damos a elas vem lá de dentro. A mente humana é confiável boa parte do tempo, mas às vezes também inventa memórias para preencher lacunas e te faz sentir medo de coisas que não existem para te proteger do que ela não conhece. Acessamos bem os significados dados pela nossa consciência, mas o subconsciente só nos faz pensar e sentir coisas que não sabemos explicar.

Sabe aquela atitude que você toma diariamente, mas não gosta de tomar? Sabe aquela mania que você e nem sabe de onde veio? Por que acha que continuar fazendo tudo que faz, apesar de não gostar de boa parte das coisas? Isso tudo está guardado no seu subconsciente, e só alguém que é capaz de acessá-lo poderia mudar isso em você.

Mina, uma estudante de medicina que agora está no último ano da faculdade, pensa muito a respeito dessas coisas, e por isso duvida de tudo que vê. Não sabe até que ponto pode confiar em si mesma, mas sabe que, se não fizer isso nunca, vai tomar decisões muito erradas também.

content warnings: Tem bastante reflexão sobre a morte nessa história, além de citar coisas bem palpáveis a respeito de cadáveres e laboratórios de anatomia. É livre de gore, mas não leia se esses assuntos forem um gatilho muito grande.

notas da autora: Esse aqui é um especial de Halloween de uma AU que está lá no meu twitter (@minarishoney). Ela se chama Gay's Anatomy e não tem nada de terror, como o nome já dá a entender. Prometo que não precisa ler a AU para entender a oneshot, mas quem leu vai pegar as referências. Boa leitura!

Ao despertar, ela já se sentia exausta

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Ao despertar, ela já se sentia exausta. Era um martírio sair de baixo das cobertas e ir para mais um plantão no hospital, mas não tinha outra escolha. Para ajudar, tinha acordado atrasada, precisava se arrumar voando e não tinha a menor chance de conseguir tomar café da manhã hoje.

A claridade incomodava seus olhos, mas um peso em seu peito incomodava sua alma. Estava angustiada como se estivesse presa em algum lugar, uma sensação verdadeiramente claustrofóbica. Levantou na cama num pulo, não estava mais aguentando ficar ali. Pensou em arrumar os lençóis, mas, quando olhou para onde estava deitada, não reconheceu sua cama. Desde quando ela dormia num caixão?

Sem se importar com aquilo, foi direto para o banheiro. Logo reparou nos azulejos brancos, no mármore preto da pia e no box de vidro jateado. O banheiro estava longe de ser igual ao de sua casa, mas a pressa ainda era maior do que a vontade de refletir sobre o que estava acontecendo. Enquanto escovava os dentes, veio o som de três batidas na porta. Foi até a entrada do apartamento e não viu ninguém pelo olho mágico, então pensou que tinha sido um engano e voltou para onde estava.

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