A arte que nos uniu

Capítulo 66🏥

     — Eu preciso vê-lo Pablo, temos que ir até lá. A  pessoa que me ligou disse que ele estava muito mal, eu preciso ir até lá. E se você não quiser me levar até lá tudo bem, eu passo por cima de quem for necessário para ir vê-lo.

     — Já como sei do que é capaz eu irei levá-la até lá, porém comece a se preparar para todos os possíveis cenários.

Dulce veste uma roupa enquanto Pablo vai até Dida e pede para que a senhora cuide de Alex, pois ele e Dul não teriam previsão de voltar para casa.

Entrando no carro de Pablo, Dulce encosta a cabeça no vidro e vai relembrando todos os momentos que viveu com Chris, porém uma voz dentro dela dizia que ela era a culpada pelo acidente e que se acontecesse alguma coisa com ele ela jamais se perdoaria.

Durante todo trajeto Dulce chorava silenciosamente com a cabeça encostada no vidro.

Pablo apenas observava calado, tentou no começo puxar assunto, porém depois de receber um olhar mortal de Dulce preferiu ficar calado e apenas dirigir.

Depois de pegarem muito trânsito, assim que conseguiram chegar ao local do acidente, Dulce saiu correndo em meio aos carros e quando conseguiu visualizar o estrago que estava o carro de Chris suas pernas fraquejaram e ela caiu ajoelhada.

Depois de um tempo ajoelhada, começou a se aproximar mais ainda.

     — O que vocês estão fazendo parados aí? Tirem ele daí, pelo amor de deus! Ele é o amor da minha vida, eu preciso dele vivo. O que vocês estão esperando? Tirem ele dessas ferragens por favor.

Pablo tentava amparar Dulce, mas nem ele sabia que ela tinha tanta força.

Após a equipe dos bombeiros chegar eles prontamente pegaram os equipamentos necessários e começaram a retirar Chris das ferragens. Alguns minutos se passaram e Dulce conseguiu ver o momento em que ele foi retirado do que sobrou do carro.

Foi nessa hora que ela desabou mais uma vez, vê-lo pálido, sem se mexer, todo coberto de sangue, com vários cortes e praticamente sem vida, ela se desesperou. Começou a gritar com os médicos da ambulância para que ele fosse direcionado ao melhor hospital de trauma que existisse no México.

Depois de se recompor um pouco, Dulce se direcionou a Pablo e pediu para que eles fossem juntos com a ambulância, não queria deixar Chris nem se quer por um minuto.

Pablo ligou para um amigo do ex-casal que era um dos donos do melhor hospital de trauma e que também era médico, após se comunicar com o amigo e garantir que Chris tivesse o melhor tratamento e que se precisassem trazer médicos do exterior eles estavam autorizados.

Pablo foi bem direito com o amigo, falou que necessitava daquele homem vivo, nem que ele não movesse um músculo se quer, porém ele tinha que estar vivo. Após o amigo assegurar que iria fazer todo o possível e que já tinha falado com a melhor equipe de médicos do México, Pablo desligou e foi ficar ao lado de Dulce que no momento estava vendo Chris ser colocado na ambulância.

Após Chris entrar na ambulância os médicos que lá haviam começaram os primeiros socorros e se dirigiram ao hospital indicado por Dulce. Eles ainda estavam impressionados em como ele ainda se mantinha vivo, pois no estado real em que ele se encontrava era pra ele ter falecido na hora do acidente. Dul e Pablo seguiam no carro dele atrás dá ambulância.

No carro de Pablo Dul telefonava para poncho e para Annie explicando o que havia acontecido e chegando ao hospital iria criar coragem para ligar para os pais de Chris.