Capítulo 4 ~Clara~

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Não estava acreditando que tinha perdido o ônibus e consequente o voo, ia ficar sozinha as férias todas, inacreditável mesmo. - Suspiro me jogando na cama.- Hora de ligar para mamãe e avisar que não vou com eles, e nessa chuva, provavelmente só iria para casa amanhã.

-Oi filha.- Ela disse com uma voz empolgada.

- Más noticias.- Suspirei.- Não vou conseguir chegar aí a tempo de ir com vocês, desculpa. 

-Por que meu bem?- Já não via mais empolgação em sua voz.

- As provas demoraram, quando eu saí não tinha mais nenhum ônibus indo para aí, aqui ta chovendo muito, acho que só vou para casa amanhã, e olhe lá.

- Poxa minha filha. Estou com tanta saudade, acho que vou ficar, não quero te deixar só.

- Que nada mãe. Você tem que ir, curtir, descansar. Fora que as ultimas semanas de férias nós vamos passar em casa.

- Tudo bem, o que? - Ouvi uma movimentação, uma conversa do outro lado da linha.

-Mãe? 

- Oi querida, você não vai acreditar!- Fala empolgada de novo.- O Thomas também não vai com a gente por causa de um imprevisto, falamos com ele que esta quase aí perto, venha com ele. mandei seu endereço, ele vai te buscar, e vai fretar um jatinho amanhã pra vocês virem.- Diz muito empolgada, alheia ao meu coração batendo quase fora do peito.

-Mãe. Não precisava, não quero incomodar o Thomas.- Meu coração não parava quieto, tanto sentimento ao mesmo tempo.

- Sem discussão Clara. Ele vai passar porque é caminho. Seja uma boa menina, ele te liga quando chegar. - Falou e desligou na hora sem deixar espaço para eu replicar.

Fiquei nervosa imediatamente ao perceber o que estava prestes a acontecer, não estava acreditando, ficar tanto tempo do lado do homem mais lindo, meu crush desde adolescente, era um sonho e inicio de um provável colapso nervoso.

Resolvi deixar minhas coisas perto da porta, ele poderia chegar a qualquer momento. Depois resolvi comer um sanduiche enquanto pensava em uma forma de não parecer uma idiota apaixonada o tempo todo. Mas pensando bem, impossível não parecer idiota olhando pra aquele Deus grego. 

Depois de um tempo esperando, que pareceu uma eternidade ao meu ver, ele me ligou, fiquei tão nervosa que quase derrubo o celular na privada, me deu um pouco de dor de barriga todo esse nervoso, essa ansiedade. 

Desci com as malas e ainda não tinha avistado ele, até chegar quase no meio do gramado um pouco depois de descer as escadas, -Resfoleguei. - ele estava tão lindo ou mais do que quando o vi da ultima vez, certamente tão atraente quanto eu me lembro, e quando ofereceu pra pegar minha mala, lembrei do quanto era gentil comigo, quando queria. -Revirei os olhos.

-Pirralha.- Disse me abraçando.- Você não cresceu nada em.- Completou rindo, pegando minha mala e guardando na caminhonete 4x4.

-E você continua tão afável quanto ao me lembro. -Falei revirando os olhos pra ele dessa vez.

-Ao seu dispor madame. -Disse enquanto fazia uma pequena mesura e abria a porta para mim.

Que Deus me ajudasse a aguentar tanto tormento e tanta gostosura, não sei se vou conseguir por muito tempo.

Nos braços do ceo pilotoOnde histórias criam vida. Descubra agora