Capítulo 2

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Raya

Eu bufei.

— Ainda estou brava, não quero. -falei dando meia volta.

Rhys me puxou pela mão.

— Já conversei com você. —ele beijou a minha testa— sim? Nunca vou te esquecer, jamais.

— Ah é? Então vamos fazer um acordo. -o encarei.

Ele me encarou.

— É sério? -ele questionou.

— Sim, se não não vou mais falar com você. -cruzei os meus braços.

Ele suspirou.

— Está bem.

— Você nunca irá me esquecer, nunca vai me deixar de lado e nem de me amar, que sempre vou ser a sua princesinha e sua baixinha, e que ninguém vai tirar o meu lugar. —inspirei fundo— vou ser sua única garota preferida e a que você vai contar os seus segredos e medos, você... Nunca vai me esquecer nem mesmo se algum dia eu morrer, vai continuar olhando para as estrelas e desejando, sempre, sempre terá a lembrança de mim em sua mente e será meu irmão apenas meu para o mundo todinho, nem mesmo se uma parceira surgir e você a ame vai impedir que você sinta tudo isso e nem vai te tirar de mim e fim. -falei.

Ele piscou, me encarando.

— Estou vendo agora o tamanho do seu ciúmes por mim. —ele bufou um riso— fico lisonjeado.

Eu revirei os olhos.

— Estamos de acordo? -Cruzei os braços.

Ele me encarou.

— Estamos de acordo, coisinha pequena e ciumenta. -ele disse.

Nossos pulsos arderam, uma montanha com três estrelas surgindo ali.

— Mais tranquila? Vai parar de me olhar torto e dizer que vai fugir de casa? -ele me encarou.

— Ainda vou fugir de casa se você fizer merda. -falei.

Ele revirou os olhos e eu pulei no meu irmão, o levando ao chão com um abraço.

Rhysand me agarrou, me abraçando apertado.

— Amo você, irmãozão. -murmurei.

Ele beijou meus cabelos.

— Amo você, maninha. -ele sussurrou.

Eu o apertei, não estava nem aí se o estava sufocando, e Rhysand não ligava, ele sabe que eu sou muito apegada a ele. Todos sabem.

Ele me apertou de volta, como se eu fosse evaporar naquele momento.

— Somos nós dois contra o mundo, irmã, para sempre. -ele disse.

— Para sempre. -concordei.

                          🌌

— Aaazz! -cantarolei.

O garoto envolto de sombras ergueu o olhar cauteloso para mim.

Visto que eu estava com um sorriso diabólico de quem iria aprontar, aprontar muito.

— Quero te pedir uma coisa. -fiquei de frente para ele.

— O que? Lady Raya. -ele questionou baixo.

— Já disse, me chama só de Raya, somos amigos. -falei.

— Somos? -ele questionou.

— Sim, os amigos do meu irmão eu sequestro e faço virarem meus amigos também. -puxei feito uma pulga ao redor dele.

Corte Das Estrelas Que OuvemOnde histórias criam vida. Descubra agora