Eu, sinceramente, acho que o maior clichê do mundo é se apaixonar pela melhor amiga. Aquela história que todo mundo já sabe sobre uma pessoa que se apaixona por alguém que não gosta de você da mesma forma. Tipo, acontece com todo mundo, né? Ou não?
Se você está se perguntando o motivo desse meu mini surto, eu te dou um nome: Juliette, Juliette Freire.
Somos amigas desde o ensino médio, por pura ironia do destino que quis que fossemos uma dupla no trabalho de química, e hoje, com 21 anos, dividimos um apartamento perto da faculdade. Ela cursa psicologia, e eu, Biologia. Cursos diferentes, mesma faculdade e pais extremamente felizes com a nossa amizade nos trouxeram até aqui.
Desde que começamos a dividir apartamento, cerca de um ano atrás, minha vida tem sido um caos. Não que eu não goste de estar com ela, longe disso, EU GOSTO ATÉ DEMAIS! E esse é o problema. A Sarah de 16 anos tinha gay panic o tempo todo em alguma situação que acontecia entre nós na escola, mas só nos víamos basicamente na escola! Agora imagine como é dividir apartamento com a sua crush secreta e ter que fingir que não a vê com outros olhos?
Apesar dos pesares, tudo ia bem, até semana passada. Ela deixou um livro na mesa, nada fora do comum, pois ela ela é muito bagunceira, e eu fui entregar em seu quarto. Bati na porta, ela mandou eu entrar, mas... quando abri a porta, ela estava de lingerie, APENAS DE LINGERIE! uma vermelha e totalmente sexy.
- É...e-eu...só vim devolver seu livro, aqui!
Joguei em sua cama e sai correndo pro meu quarto, deixando uma Juliette confusa e sorridente pra trás. Deus! Eu estava ofegante. Em todo nosso tempo de amizade, já tinha visto ela no maximo de maiô, mas nunca seminua desse jeito.
Hoje, sete dias depois, eu ainda não consegui tirar o corpo dela da minha cabeça. Tenho tido sonhos bem...estranhos, com a minha colega de casa e isso está me assustando um pouco. Não vou entrar em detalhes, mas acordo com a respiração acelerada, corada e molhada...acho que vocês já entenderam, né?
Pois bem, hoje é sexta, dia em que nós duas saimos no mesmo horário e pegamos o metrô juntas pra casa.
- Sah! Quase não te alcanço, desculpa, o professor prendeu a gente até mais tarde. vamos antes que o metrô saia.
Assenti rindo de sua afobação, ela era muito linda, e eu, uma trouxa.
Caminhamos juntas até a estação e logo estávamos acomodadas em nossos assentos, Juh sentou ao meu lado e poucos minutos depois estava com a cabeça apoiada em meu ombro, imaginei que ela queria descansar um pouco no caminho, mas acho que ela tinha outros planos.
- Hmm, você tem um cheiro muito bom- Ela disse enquanto cheirava meu pescoço e me deixava completamente arrepiada.
- Hm...obrigada, Juh.
Ela então deu um beijo no meu pescoço, SIM, ELA COMEÇOU A DAR BEIJINHOS E CHEIRAR MEU PESCOÇO!!!!
Okay, temos mais um problema! Juliette agora achou que fazer círculos imaginarios na minha coxa enquanto respira no meu pescoço era uma boa Ideia, mas não é!
Eu estava prestes a ter um treco.
- Tudo bem, sarará? Você tá tensa.
- Eu...só to cansada e com muita coisa pra fazer, nada demais- Menti, já que ela e os seus carinhos eram o motivo do meu colapso.
Chegamos em casa 10 minutos depois e eu nunca me senti tão grata por isso.
Fui para o meu quarto e fechei a porta, mas agora o problema: eu estava excitada, muito! Ela veio me provocando daquela forma o caminho todo, mesmo sem saber, e agora, eu não tenho nada a fazer a não ser buscar alivio para acabar com o incomodo entre minhas pernas ou tomar um banho gelado.