Meu Vizinho é Um Stripper (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 2 - Vizinho novo.

Caralho... Puta merda.

Alissa terminou xingando em pensamento. Até porque as palavras fugiram da sua boca.

Não estava acreditando no que estava vendo.

Um homem tinha acabado de abrir a porta do seu apartamento. Do seu apartamento. Confusão invadiu sua cabeça. Eu errei o lugar? Olhou para a porta e conferiu o número. 501. Não. É esse o número. Está certo, mas então porquê tem um homem no meu apartamento? Se deparou com um par de olhos azuis encarando de volta. Meu Deus... Que olhos são esses? Com toda certeza, esse era o homem mais bonito que ela tinha visto na vida. Nunca pensou que belezas assim pudessem existir fora das passarelas e dos tapetes vermelhos. E muito menos imaginava que existia alguém mais bonito que o Chris Evans.

O homem alto aparentava ter uns 30 anos, talvez. Uma barba média e bem aparada. O cabelo loiro escuro estava amarrado em um coque bagunçado e Alissa pensou no comprimento que poderia ter. Ela gostava de homens com cabelo grande. Era algo dela e nunca soube explicar o porquê.

— Quem é você? — Alissa se arrepiou com a voz rouca e mansa que saiu da garganta daquele homem. Deu um passo pra trás e num ato involuntário, desceu os olhos pelo seu corpo analisando-o com mais cuidado.

Eu poderia ser quem você quisesse, meu bem. Foi o que ela pensou.

Ele estava muito bem arrumado num look social preto. E os músculos bem visíveis no tecido da camisa. Pensei que nunca diria algo assim, mas não sabia que Adônis vivia entre os mortais.

— Por acaso você é uma fã?

Espera... Como é? Todos os pensamentos quentes sumiram da sua cabeça.

— Fã? — Alissa franziu o cenho. Será que ele só está brincando comigo ou eu que não entendi o contexto mesmo?

— Ora, vamos lá... Como descobriu o meu endereço? — Ele continuou sério. Logo presumiu que não era uma piada.

— Fã? Desculpa, mas eu nem te conheço! — Apesar da beleza incrível, ele parecia ser bem arrogante para chamar os outros assim. — E o que você está fazendo no meu apartamento? — Ele desceu os olhos pelo corpo de Alissa e voltou a encará-la com as sobrancelhas franzidas.

— Seu apartamento? — Sorriu. — Devo supor que tenha uma chave. — Cruzou os braços.

— Não estou com a chave agora. Acabei de me mudar e meu-

— Alissa! — Ouviu a voz de Denley que logo apareceu no elevador empurrando um carrinho. — Parece que eu errei o número do apartamento. É o 502. — Ele encarou ela e olhou para o homem na frente da sua irmã. — Hum... Tarde demais.

— Isso explica muita coisa seu... — Ela se controlou para não xingá-lo. — Você devia saber o número certo!

— Eu sei, calma. — Se aproximou com o carrinho e olhou para o cara alto. — Desculpe qualquer incômodo. Culpa minha.

— Tudo bem, eu estava de saída. Fiquei confuso e tirei conclusões precipitadas. Desculpe, devo ter sido rude. — Alissa voltou a olhá-lo, e só agora conseguiu notar as tatuagens no pescoço dele quando virou a cabeça para falar com o irmão dela. — Acho que esse é o apartamento que você procura. — Apontou para a porta da frente com um sorriso no rosto.

— Parece que sim. — Suspirou e sentiu suas bochechas esquentarem de vergonha. Denley logo passou por ela e abriu a porta colocando o carrinho grande próximo da entrada, já que era largo demais para passar. — Peço desculpas também. — Alissa dessa vez nem encarou o homem alto. Esfregou as mãos no quadril de maneira nervosa e ele observou isso.