Capítulo 3 - No mercado.

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Acordou com Denley balançando ela igual aquelas crianças balançando bonecas de pano. Ouviu o barulho agudo do despertador só depois que acordou. Como desconfiava, não ia acordar sozinha nem que quebrassem um prato atrás dela. A sua coberta estava no chão e seu corpo estava estirado metade pra fora do sofá. Denley deslizou o dedo na tela do celular para desligar o barulho irritante e depois olhou para ela.

— Vamos levantando... E aí? Algum torcicolo?

— Acordou de bom humor por acaso? — Ela levantou irritada. Realmente precisava mudar sua rotina. Estava dormindo demais e tentou pensar que seria bom acordar cedo todos os dias. — Dormi maravilhosamente bem e não estou com torcicolo para a sua infelicidade.

— Que ótimo, porque na posição que você estava era fácil formar uma nova vértebra no pescoço. — Ela forçou o sorriso e sentiu o cheiro gostoso de café. Olhou para Denley que já estava arrumado para o trabalho. De terno e tudo mais. Ela levantou, deu uma batidinha no ombro dele e foi na direção da cozinha.

— Obrigada por me acordar. Está um arraso, mas sinceramente não senti falta desse seu traje.

— Tenho que me vestir à caráter. E não se preocupe, eu vou voltar. — Ele riu. — Minha irmãzinha está chateada porque o irmão vai deixar ela sozinha por um tempo? Own... — Denley se aproximou e apertou sua bochecha enquanto ela servia uma xícara de café.

Own o cacete. Eu só me acostumei com você enchendo o meu saco essas férias. Vai ser esquisito não ter você fazendo isso a maior parte do tempo.

— Você está querendo fazer eu me emocionar, Alissa? Logo de manhã? — Ela riu e tomou um gole do café. Os dois ficaram conversando um pouquinho antes que ela terminasse.

— Bom, vou me trocar para os homens antes que eles cheguem... — Ela afastou sua xícara na bancada e viu o irmão fazer careta.

Argh. Não diga essa frase de novo perto de mim. — Ela olhou pra ele e riu.

— Qual o problema? Ficou estranho?

— Formule melhor suas frases.

— Ah desculpa... Se o homem politicamente correto está dizendo... — Ele riu. — Falando nisso, leu as normas do condomínio?

— Ainda não tive tempo.

— Olha, isso é novidade...

— Vai se arrumar logo, garota. — Ela gargalhou e saiu.

Depois de escovar os dentes, colocar uma calça jeans e vestir uma camisa de botão branca, ela parecia decente o suficiente para receber as visitas. Andou até a sala e viu Denley abrindo a porta para os caras da transportadora.

Bem na hora.

— Bom dia. — Denley respondeu e pediu pra entrarem. Três homens. Estavam segurando uma caixa enorme. Provavelmente com a minha cama desmontada. Ele guiou os homens até colocarem as coisas no lugar. Abriram as caixas e começaram a montar os móveis novamente. Admirou o trabalho deles. Eram ágeis e pareciam saber perfeitamente o que estavam fazendo. — Eu preciso ir Alissa... — Ele chegou perto dela. — Não queria te deixar aqui só, mas pega a chave do apartamento e deixa a porta aberta, ok? — Ele entregou a chave pra ela.

— Não se preocupe. Pelo jeito eles vão terminar rápido. — Ela olhou para os profissionais que montavam sua cama. — Ah! E eu preciso ir ao mercado hoje. Não tem nada na geladeira.

— Espera eu chegar para fazermos isso.

— Não. Você vai chegar tarde e eu quero deixar as coisas prontas. — Ele olhou pra ela em silêncio e sorriu fraco.

Meu Vizinho é Um Stripper (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora