Lena
Novembro 16, 2026.
Eu acordar sozinha na cama é algo que dificilmente acontecia nos primeiros anos do nosso relacionamento a menos que a Kara tivesse alguma emergência que requeresse a sua ajuda como Supergirl, mas isso infelizmente se tornou algo mais comum de acontecer quando a Kara começou a cada vez mais crescer na sua carreira como repórter, algo pelo qual eu tenho muito orgulho da minha esposa, mas isso não significa que gosto da sensação de não acordar nos seus braços.
Hoje o motivo dela ter ido mais cedo do que eu trabalhar e ter deixado para mim a função de levar os gêmeos, os nossos filhos de cinco anos, para a escola é porque tem uma reunião importante com a Cat bem cedo. Algo que não é incomum de acontecer considerando que a Kara se tornou o braço direito de Cat para administrar a CatCo faz muito tempo, acho que ser uma repórter incrível e ganhadora de dois Pullitzer te concedem a honra de ter a confiança e admiração de Cat Grant.
Sai da cama indo para o banheiro cumprindo a minha rotina de higiene matinal, ainda na roupa com que dormi e sem ter me dado ao trabalho de me maquiar eu fui até o meu closet pegando um short o vestindo, antes de me dirigir a cozinha para preparar o meu café da manhã e o das crianças. Fiz café para mim, torradas com ovos para nós três e cortei um mamão o deixando em cima da mesa juntamente com o restante da comida, saindo da cozinha e indo para o quarto dos gêmeos em seguida.
A decisão de ter filhos não foi uma que veio fácil para mim, eu tinha muito medo de ser igual a como a Lillian e o Lionel foram comigo então fiz a ideia de ter filhos desaparecer da minha mente, mas após conhecer a Kara tudo mudou. Ela tem a habilidade de me fazer superar as minhas inseguranças e já no nosso primeiro ano de namoro a ideia de ter filhos começou a não parecer tão assustadora para mim. Com o tempo as minhas inseguranças foram diminuindo até eu perceber que na verdade sempre quis construir uma família, mas o medo de não ser uma boa mãe era o que estava me impedindo de abraçar essa ideia.
Felizmente com a ajuda da maravilhosa mulher que tenho ao meu lado, a qual posso chamar de esposa, os meus medos desapareceram e hoje em dia eu tenho a Lorelai e o Adam, duas das pessoas mais importantes da minha vida. Os gêmeos são a mistura perfeita entre mim e a Kara, eu e a minha esposa descobrimos um jeito de combinar os nossos DNAs para gerarmos uma criança misturando o jeito terráqueo e kryptoniano de reprodução.
Entrei no quarto dos meus filhos encontrando os dois ainda dormindo, cada um na sua própria cama. O cômodo é grande e espaçoso, uma estante com vários livros de um dos lados e próximo a estante uma mesa com um lindo tabuleiro de xadrez em cima. Numa das paredes está pintado o sistema solar inteiro, na outra tem um grande quadro da tabela periódica, uma variedade de diferentes brinquedos espalhados pelo quarto, um pequeno projetor em cima da mesa de cabeceira que fica entre as duas camas dos gêmeos projetando uma galáxia no teto, a única coisa que está iluminando o quarto.
Krypto que desde que tivemos o Adam e a Lori parou de dormir comigo e com a Kara passando a dormir sempre no quarto dos nossos filhos, continuou deitado na sua cama no canto do quarto e levantou a sua cabeça me olhando quando entrei no cômodo. Acendi a luz do quarto e fui até o meu cachorro fazendo um carinho nele lhe dando bom dia, antes de ir até os gêmeos. Desliguei o projetor e me sentei na cama da Lori, tirei algumas mexas do seu cabelo preto e naturalmente liso da frente do seu rosto.
- Te ehl (meu sol), está na hora de acordar. - Ela resmungou algo incoerente antes de abrir os seus olhos azuis que são iguaizinhos aos da sua outra mãe.
-Bom dia mamãe. É hora de ir para escola? - Assenti, me aproximando mais dela para deixar um beijo na sua testa.
-Sim, vamos levantar, pode ir em frente e escolher a roupa que você quer usar hoje enquanto eu acordo o seu irmão.
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Krypto
RomanceO que teria acontecido se fosse um cachorro kryptoniano na nave ao invés do Mon-el, no início da segunda temporada de Supergirl