RUGGERO
— Saia de perto dela! – Falei puxando Karol para perto, ficando em sua frente.
Estávamos tão bem instantes atrás.
Porque droga tinha sempre que acontecer alguma coisa pra estragar?
— Ruggero, o que está fazendo? – ignorei Sevilla fitando a pessoa que tinha uma expressão de surpresa mas estava tranquila.
Ao contrário de mim.
— Mas não ia fazer nada, Pasquarelli! Não ainda!
Sorrio cinicamente.
— Onde está minha vó? Em, diga agora mesmo o que fez com ela! – Apontei minha arma para sua cabeça.
Ela sequer se mexeu.
Maldita!
— Chiara, o que está havendo aqui? Conhece o Ruggero desde quando? O que fez com a Dona Margareth? – Karol estava tremendo por causa da raiva e mágoa de ter sido enganada.
— Aí! Assim vocês me ofendem! Não fiz nada com aquela velha tão amável e gentil. Ela está sendo bem cuidada longe de você, que é um homem perigoso e pode machucá-la cedo ou tarde.
— ONDE ESTÁ A MINHA MÃE? – Gritei vendo a mesma dar um pulo e pegar seu revólver.
— Ela não é sua mãe! E já disse que está bem, acho melhor limpar bem as orelhas, querido.
Porra.
Essa vagabunda medíocre.
Que caralhos viu.
— Fale! O que fez com ela? – Me segurei para não voar em cima dela e esganar ali mesmo.
Chiara não tinha o direito de tirar minha vó de mim. Não tinha.
KAROL
Aquilo não podia ser verdade!
A pessoa que confiei ser minha amiga esse tempo todo não podia ser uma impostora que só queria me fazer mal.
Tinha que ser mentira. Devo estar delirando ainda por conta dos remédios que tomei pra relaxar os músculos.
Pasquarelli e eu estavamos a poucos minutos nos revirando na minha cama enquanto fazíamos amor e vem essa bomba relógio acabando com tudo.
Chiara mostrava agora sua verdadeira face diante de mim. Ao que parecia ela e Ruggero já se conhecem.
Para melhor ainda mais as coisas.
Os olhos de ambos pareciam queimar de raiva.
Caramba. Sempre acontece essas merdas na minha vida.
— Não entendo... Você estudou comigo esse tempo todo! Como? Porque tudo isso? Pra que?
Me magoava demais saber que ela só se aproximou para talvez tirar informações ou até mesmo me raptar.
Como pude ser tão cega?
Não que tenha muitas amizades, acho que me deixei confiar rápido demais.
Mesmo não compartilhando tudo, gostava dela.
Bem feito! Aprende a conhecer direito para depois confiar.
Minha consciência acusou.
Mas não é errado querer ver o melhor no outro. O problema é o que o outro faz com isso.
Uma coisa me veio a mente.
Acho que sei porque a mesma nunca conseguiu me levar.
Gastón.
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Meu Delírio {É Você²}
RomanceÉ irresistível negar o que arde dentro de nós. Após terem vivido momentos de maneira intensa e deslumbrante Ruggero e Karol seguiram seus próprios caminhos de lados opostos. Mas o desejo e fascínio por mais que doa, também salva o coração de ser est...