𝚂𝚒𝚔𝚘𝚠𝚒𝚝𝚣

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Jade West

A tensão estava me matando,será que Jack poderia me trair de última hora? Ele era meu espião e eu não podia confiar plenamente nele, isso significa que preciso de um plano B.

E rápido.

Robbie Oliver

Faltavam apenas 3 dias pro meu aniversário de 15 anos, e sinceramente não sei como falar com minha mãe sobre isto. Não faço questão de festa,longe disso. E também não quero preocupa-lá com esta besteira,uma vez que está tão tensa que enche-lá com minha individualidade pessoal seria egoísmo não é?

A verdade é que minha mãe viveu grande parte da vida dela pra outras pessoas mas nunca pra si própria, e finalmente parecia estar encontrando o motivo pelo qual gostaria de viver pra ela, quando meu pai arrancou isto.

E a vida parecia arrancar coisas dela, não sou eu quem vou arrancar a chance dela se descobrir.

Jade West

Não tenho ninguém que posso confiar , e a única pessoa que um dia confiei plenamente pra me abrir foi Tori.

Tori Vega, a garota pela qual eu estava disposta a arriscar minha vida. Parece bobo, por parecer um romance adolescente. Mas eu queria viver o amor, o amor de verdade. E se queria salvar Tori precisava agir como ela.

A quem Tori pediria ajuda agora?...

É Claro!

CASA DE BRUCE HARRIS

Bruce Harris, o homem que levou minha filha de mim, e agora seria o homem que eu pediria ajuda para encontrar Tori.

Saí com Robbie rápido com casacos que fossem grandes suficientes para esconder que Jade West estava debaixo daquele tecido. Tomei cuidado com cada lugar que passava, afinal , os vampiros estavam em toda parte destruindo casas. Mas eu precisa ir pra uma casa específica.

Eu precisava achar o número do telefone de Bruce Harris para implorar por ajuda. Implorar para um homem que me fez implorar para que Robbie não fosse levado também.

Eu não sei se deveria ter perdido a fé, mas a humidade precisa de fé, porque somos individualistas e egoístas. E acreditar em algo não trará minha filha de volta, mas talvez, mudará o destino de toda a humanidade. Acreditar em algo não significa haver um deus , e sim , acreditar que há alguém que olhe pra humanidade com outros olhos, pessoas que tem sua fé , são pessoas que ainda acreditam na humanidade e na bondade. E agora eu precisava voltar a acreditar na humanidade por uma humana, agora vampira, que me fez rir,

Que me fez pensar em mim quando disse:" não quero saber dos seus rótulos e sim como você se vê ".

Da garota que me disse: "Seu sorriso é lindo,Jade".

Da garota que me disse:" E poderíamos fugir? " -e eu só gostaria de te-lá dito "sim".

Tori me fez perceber que a vida consegue ser bonita e que risos podem ser emocionantes quando dados com alguém que te faça sentir amado, amado de verdade.

Tori me fez perceber que haviam demasiados gostos na sua boca.

Tori me fez perceber um embrulho no estômago sempre que ela se aproxima de mim.

Tori me fez perceber como era se sentir em casa, como era se sentir amada.

O amor maternal é diferente do amor romântico (eros).

Com Robbie eu sinto o afeto de mãe. A vontade de proteger e abraçar meu filho a todo custo. É um amor forte, daqueles que não se explica, daqueles que se constrói. Eu nunca descontaria minhas frustrações em meu filho porque ele não teve culpa de nada.

Ele era outra vítima, mas eu não o deixaria ser como eu, injustiçado.

Eu burlaria regras, eu o levaria no parque se fosse isso que ele quisesse, eu contaria uma história e eu aprenderia a ser mãe por ele, porque eu nunca soube como é ter uma, espero que meu filho tenha encontrado uma mãe em mim.

Mas na nossa situação foi totalmente diferente porque o amor é uma construção , é uma base, é como se fosse matemática. Por exemplo, se você não aprende uma operação,fica difícil realizar outra, assim é no amor.

Primeiro se começa com o amor familiar, onde a criança aprende o que é o amor de uma família, papai e mamãe em uma casinha feliz, depois vem o amor pelos amigos, ou pelos irmãos (fraternal). Mas, quando você cresce, busca pelo amor romântico( o que também pode ser opcional) para depois, se quiser, o amor maternal.

E tudo isso se construí num ciclo, mas não comigo, não conheci o amor familiar e nem romântico, uma vez que o parceiro foi imposto a mim.

Quando engravidei minha preocupação era ser igual minha mãe. Me esforcei para não ser ela, e como já disse "Foda-se a boa mulher!"

Mas eu gostaria de ter encontrado o amor romântico antes do amor materno. Mas ainda sim, eu a encontrei, não do jeito que imaginava.

Mas tenho certeza de que Tori é meu Eros. E eu vou fazer de tudo pra te-lá de volta.

-Mãe! Tem certeza que vai entrar?- perguntou Robbie,ofegante pelo frio

-Tenho-respondi convicta dando um chute na porta que não abriu e segurei meu pé com uma expressão de dor fazendo Robbie rir abafado

-Desculpa, mas isso pareceu muito uma cena de filme que o herói tenta uma coisa achando que tá arrasando e dá errado- disse soltando uma gargalhada nasal o que me fez rir de volta

--ENTÃO TÁ GRANDALHÃO, ABRE AÍ- disse brincando mas Robbie pareceu levar a sério.

-Com licença, senhorita West-disse sarcástico ainda rindo -Saca só-deu um chute na porta que nem se moveu e neste momento soltei uma risada alta

-Viu aí espertalhão?- disse e Robbie coçou a cabeça rindo

-Mãe.. acho que já sei o que fazer- disse Robbie sério o que me fez ficar séria também- A maçaneta ó-disse girando e a porta se abriu, então nós dois rimos como se aquilo fosse obvio, quando voltei a realidade, Tori estava sozinha.

-Corre Robbie, procura por uma agenda de contatos, número de telefone ou algo do tipo que eu vou procurar no escritório - disse falando rápido e ele assentiu com a cabeça indo pro outro lado

Corri ao escritório remexendo tudo quando achei o contato que tanto precisava

LISTA DE CONTATOS - ANDRÉ HARRIS

Aquilo fez meu coração explodir de tantas emoções por segundo, maõs suando , coração pulsando , e agora eu só precisava de coragem pra uma coisa: Fazer um telefonema.

Jack

Era Beck, com aqueles cabelos pretos brilhando sob a minha vista, rapidamente me escondi atrás da árvore novamente para evitar que ele me visse. Quando senti que ele já havia andado me virei novamente para espiar.

Ele estava indo em direção a um chalé meio escondido entre as árvores, o aspecto era velho e feio, parecia abandonado. Observei atentamente suas movimentações, olhou para trás na tentativa de ver se havia alguém ali e deu exatas 3 batidas pausadas no chalé, e quando a porta se abriu tive uma grande surpresa.

Era Sikowitz, o primo de Beck.

𝑹𝒐𝒅𝒓𝒊𝒈𝒖𝒆𝒔-𝑱𝒐𝒓𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora