Fogo Cruzado ★ Mewgulf/Tharntype ★

Puro prazer

Max -Phils- 21:32

- O que foi? - Me perguntou me tirando de um pensamento distante.

- Nada demais. - Sorri tentando não demonstrar o quão desligado estava.

Bebi o espumante olhando as bolhas de sabão na banheira.

- Pode me perguntar o que quiser. - Me olhou sério esperando eu dizer algo.

Eu tinha perguntas e ele não parecia do tipo que me responderia, não sou nada dele, não temos nada além de algo casual seria estranho eu o abordar com dúvidas ao seu respeito.

Mas levado a dúvida maior o encarei pouco rodeando meu dedo no vidro.

- Não é da minha conta e se quiser não responder, fique a vontade. - Voltei meu olhar a ele que se mantinha sereno bêbedo vez ou outra. - Mas, você é o que exatamente aqui?

Eu não tinha expectativa de resposta, mesmo assim esperei. Escutei seu suspiro longo e o vi se alinhar na banheira.

- Eu não me importo em te responder isso, só que muito particular e você não pode contar pra ninguém. - Sua expressão mudou pra seria e seu tom foi cauteloso e prumo.

- Tudo bem, não contaria a ninguém. - Deixei claro sem desviar o olhar dele.
 

  Bruno -Phils- 21:49

- Bom, tem uns treze anos ou menos que meu pai morreu. Ele tinha uma empresa na cidade que lucrava muito e ele sempre me falava que eu seria o dono depois dele, que tudo que ele fazia era pra mim. - Contava vendo sua reação melancólica. - Quando ele partiu deixou realmente tudo pra mim, eu era novo e por isso um advogado e o gestor dele foi levando até eu completar a idade certa pra comandar tudo.

Dei uma pausa bebendo.
Respirei fundo pra continuar.

- Não tem tantos anos que comecei a gerenciar isso aqui. - Ele mostrou surpresa abrindo um pouco a boca franzindo a sombrancelha. - O Phils é um tipo de motel de luxo. Contém área de lazer, restaurante, quartos apropriados, área de relaxamento entre outros.

Esperei se ele iria falar alguma coisa, mas só parecia pensar. Olhava para água sempre franzindo, abrindo e fechado a boca. Ele estava em um conflito interno.

Depois de um tempo em silêncio ele falou:

- Mas... Por que você é professor então? - Voltou o olhar a mim.

- Porque eu amava a arte e mesmo depois de saber que iria ficar com tanta responsabilidade e lidando com a perda dele eu fui atrás pra conquistar meu sonho de conhecer e levar a arte para as outras pessoas. - Esclareci, liberando de mim algo que eu nem sabia que estava tão preso.

- Entendi. - Ele pareceu raciocinar pasando a mão molhada em seus fios.

- Vem aqui! - Disse como ordem sendo firme.

Ele assentiu. Abri minhas pernas deixando um espaço, ele se encaixou entre minhas pernas encostando nossos corpos.

- Não precisa temer em perguntar suas dúvidas, anjo. - Fiz um carinho na sua cintura falando baixo. - Agora vamos nos lavar se não a água esfria.