N'oublie Pas de Vivre (Irmãos Miya X Leitora - Apocalipse Zumbi AU)

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"Temos uma missão depois de amanhã. Iremos a um supermercado abandonado, na cidade vizinha. Não há muitos zumbis na redondeza conforme verificado pelos batedores, mas vamos preparados para possíveis eventualidades." Kita falou olhando para os seus soldados. Já bastava o que precisaram enfrentar naquele fatídico dia.

Os soldados que [Nome] havia salvo no dia Z, haviam se juntado a alguns outros, mantendo uma das poucas bases militares restantes do país após o colapso funcionando.

Todas mantinham contato via rádio e viagens eram feitas para firmar acordos, trocar mantimentos e conhecimento, mas como consumiam muitos recursos e produzi-los era demorado e complicado, ainda mais em um mundo infestado de bestas carnívoras, eram feitas apenas em casos de extrema necessidade.

Inarizaki, Fukurodani, Karasuno, Nekoma, Shiratorizawa, Seijoh e Itachiyama eram as únicas bases militares restantes, em todo o Japão. Pelo menos das que tinham conhecimento, já que as outras haviam caído em algum momento.

Existiam algumas outras comunidades de sobreviventes, mas eram formadas apenas por civis ou soldados exilados, o último tipo sendo tão perigoso quanto as bestas que rondavam as ruas e por esse motivo, eram monitoradas à distância para evitar ataques surpresas.

O Comando Fox-01, que vivia na base de Inarizaki, deveria fazer essa viagem ao supermercado para ver se ainda achavam alguns grãos restantes, já que o inverno se aproximava e com isso, a escassez de recursos e mantimentos se tornava cada vez mais desesperadora.

Precisavam aumentar suas plantações com certa urgência, ainda mais com a visita de membros das outras bases para as trocas antes das estradas congelarem.

"Vamos matar alguns zumbis e pegar comida... o que mais?" Atsumu olhou para o seu capitão.

"Apenas isso." Kita afirmou.

"E a minha missão e de Osamu?"

"Negada."

Atsumu estreitou os olhos para o acinzentado. Ele já tinha ouvido aquela mesma resposta várias e várias vezes antes.

"Negada!? Ela é sempre negada. Quando você vai deixar a gente ir? Você também sente! Sabe que ela não morreu." Osamu precisou segurar seu irmão pelo braço.

Mesmo que sua vontade também fosse partir para cima do mais velho até que sua resposta se tornasse afirmativa, ele não desobedeceria a cadeia de comando usando os punhos. De besta descontrolada já bastava Atsumu.

"Não podemos nos dar ao luxo de perder dois de nossos melhores soldados, Atsumu. É uma missão suicida!" Aran se meteu.

"Então se somos dois dos seus melhores, vocês sabem que não precisam se preocupar. Só queremos autorização, mas caso não nos dêem, iremos mesmo assim. Estamos apenas mostrando respeito, Kita-san, Aran-san." o gêmeo acinzentado se meteu na conversa. "Nós iremos de qualquer jeito. Fomos pacientes porque vocês e a base precisavam de nós, mas agora as coisas estão em seus devidos lugares. Não há necessidade de continuar nos mantendo presos aqui."

Os dois queriam encontrar [Nome]. Eles sabiam que ela estava viva, mas não entendiam o porquê dela ainda não tê-los procurado.

"Esperem até o final da missão do mercado, daqui dois dias. Após, vocês podem ir atrás dela com a minha autorização e benção, assim como com algumas armas." Kita concordou, depois de uma rápida troca de olhar com Aran.

"Nem um dia a mais ou queimaremos essa base até não restar nada." Atsumu afirmou e saiu pisando firme para fora da tenda, sua mente já pensando em todas as possibilidades e rotas para encontrar Hohendorff.

"Obrigado." Osamu bateu continência aos seus superiores e saiu atrás de seu irmão, fazendo a lista mentalmente de tudo o que precisariam levar, já que seriam apenas os dois e o país era grande para ser coberto completamente com tão poucos recursos e perigos extremos.