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Para todos os lados em que Osamu olhava via morte, podridão, sujeira e-

"Samu, preste atenção no plano, por favor." a voz de Aran, chamou a atenção do gêmeo acinzentado, retirando-o de seus pensamentos.

"Estou prestando." ele suspirou.

"Então, precisamos entrar e sair rapidamente do supermercado. Se tivermos sorte, ele ainda não foi saqueado." Kita falou de forma calma e baixa para não chamar a atenção de companhia indesejada.

Kita, Omimi, Aran, Ginjima, Atsumu, Osamu e Suna eram os soldados escalados para essa missão. Deveria ser rápido para que pudessem passar na farmácia mais próxima para pegar o que conseguissem de medicamentos e outros itens.

Corpos em decomposição transitavam pelo estacionamento lateral, impedidos de entrar no lugar por cercas de arame farpado e impedidos de sair pelo mesmo motivo. Alguém havia trancado-os lá como se fosse uma armadilha.

"Não podemos fazer barulho. Garantam que suas armas estejam com silenciador. Usem-nas apenas quando for de extrema necessidade, fora isso, apenas as armas de corte. Entendido?" Kita perguntou, dobrando o mapa. "Osamu, você irá cortar a grade, enquanto damos cobertura. Quando todos passarmos, lembre-se de prender novamente com as cintas plásticas. Suna, você e Omimi fiquem aqui no telhado e avisem se avistarem algo de errado."

Eles estavam no topo de um pequeno prédio que ficava do outro lado da rua do supermercado. Os carros blindados foram deixados no estacionamento do local.

Osamu sentia-se nervoso, assim como seu irmão gêmeo. Estavam acostumados a irem a campo, com o resto da equipe, mas principalmente juntos. Eram uma dupla imbatível, mas havia algo os incomodando: Uma sensação de medo e alívio. Algo que os deixava inquietos.

Ele respirou fundo, colocando seus pensamentos no lugar. Depois daquela missão, ambos poderiam sair e encontrar [Nome]. Algo que esperavam já havia um bom tempo.

Quando foi confirmado que podiam sair, correram rapidamente em direção a grade do outro lado da rua. Osamu pegou o grande alicate de corte, sem perder o ritmo.

"Um cadáver, às duas horas. Irei cuidar disso." Atsumu falou, seguindo até seu alvo, enquanto seu gêmeo se encarregava de abrir caminho para que pudessem entrar no lugar.

"Dois, às quatro horas."

"Um, às três horas."

"Quatro, às onze horas."

Assim que o acinzentado terminou sua tarefa, olhou para os amigos que estavam finalizando o último dos zumbis na parte de fora do lugar.

"Bom trabalho. Vamos." cochichou Aran. De um em um, eles entraram na parte da frente do estacionamento do supermercado que estava vazio, exceto por alguns carros.

Correram meio abaixados, se escondendo atrás dos veículos e verificando se havia algum defunto por perto ou dentro dos automóveis.

"Foxwhite para Vulpes ferrilata. Na escuta, câmbio?" Kita pegou o walkie talkie, chamando os colegas que ficaram de tocaia no prédio.

"Vulpes ferrilata na escuta."

"Informe a situação." ordenou.

"Tudo limpo, chefe." foram as palavras de Suna, fazendo com que eles se levantassem e seguissem até a parte de trás do supermercado, que também estava vazia.

Enquanto Osamu se apressava até a porta para abri-la, algo em seu interior começou a protestar. Alguma coisa lhe dizia que não deveria fazer aquilo ou ele e todos os seus amigos morreriam... As coisas estavam bem demais... Ele não podia.

N'oublie Pas de Vivre (Irmãos Miya X Leitora - Apocalipse Zumbi AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora