— A sopa vai esfriar Calisto!
Silêncio.
— Calisto? Amor!
— Só mais um minuto meu amor! Eu já tô terminando.
Maria Celeste não aguentava mais. Aquele homem era um completo estranho para ela(Batia o dedo mindinho na mesa sem perceber.). Ajeitou uma mecha de cabelo errada no meio da testa. Seus lábios carnudos estavam meio pálidos, os músculos do pescoço contraídos. A sobrancelha esquerda arqueou-se suavemente. A faca de mesa brilhou nos seus olhos. Por que uma faca estava ali? Eu não preciso de faca para tomar sopa. Pegou a faca brilhante e prateada. Viu seus próprios olhos no reflexo. O que penso de mim mesma com essa faca cintilante? Será que sou uma governanta ou uma assassina? Sou uma conveniência do destino. Uma cumpridora do propósito (o dedo mindinho na mesa sem perceber.).
Maria Celeste levantou-se corajosa, com as mãos apoiadas na mesa, uma expressão de determinação e um sorriso vilanesco. Olhando fixamente.
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A Sopa
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