cap 5 🇺🇲🇧🇷

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S/n Cooper

Uma semana depois

Hoje era segunda-feira, e o Noah seria meu professor. Isso seria estranho, mas vamos ver no que dá, né? Já estava a caminho da escola, e, quando cheguei, Sabina veio correndo até mim e me abraçou.

Sabina: Eu tô muito animada para o nosso novo professor de Ciências! E você?

S/n: Eu também.

Sabina: A aula dele será no último horário, né?

S/n: Quase isso, será no quarto e no último.

Sabina: Hum.

Ficamos conversando até que o sinal tocou para irmos para a sala.

Quebra de tempo

Agora tocou o sinal para o quarto horário, e o Noah entrou na sala. Olhei para Sabina e vi que ela estava praticamente "comendo" o Noah com os olhos. Eu comecei a rir da situação dela.

Noah: Bom dia, pessoal.

Todos: Bom dia.

Noah: Então, como meu tio falou, vou ficar dois meses dando aula para vocês.

Alice: Professor Noah, o senhor é um belo de um gostoso!

Bárbara: Isso é verdade.

Noah: Meninas, estou aqui para dar aula, não para receber elogios... embora eu receba eles todos os santos dias. Mas, obrigado.

Alice: Desculpe, professor.

Noah: Tudo bem, mas agora abram os cadernos e copiem o que vou passar. Hoje vamos estudar sobre os tipos de energia...

Já era o último horário, e todo mundo tinha guardado os materiais. Depois de um tempo, o sinal bateu.

Noah: Saíam com cuidado.

Nós saímos, e Sabina agarrou meu braço.

Sabina: Aquele homem é tão gostoso! Meu sonho é ter ele na minha cama.

S/n: Que isso, Sabina!

Sabina: Só falei a verdade.

S/n: Então pede pra ele.

Sabina: Tá doida? O cara deve namorar.

S/n: Você não sabe.

Sabina: E você sabe, por acaso, dona S/n?

S/n: Foi só uma suposição. Você acha que eu queria ficar com ele? Claro que não, né? Doideira.

Continuamos andando até chegar à minha casa.

Sabina: Tchau, amiga.

S/n: Tchau.

Entrei em casa e não vi ninguém, mas avistei um bilhete na geladeira.

"Filha, eu e seu pai saímos para resolver algumas coisas. Cuide da casa e vá para sua terapia. Quando você voltar, já estaremos em casa. Um beijo, mamãe Camila."

Hoje vou ter que fazer comida. Fui para o meu quarto, tomei um banho e segui para a cozinha preparar algo para comer. Depois que terminei, fui para a sala, coloquei um filme e comecei a assistir enquanto comia. Depois de arrumar tudo, fui em direção à minha sessão de terapia. Quando cheguei lá, entrei no consultório e vi Noah me olhando meio estranho.

Noah: Está atrasada 30 minutos.

S/n: Meus pais não estavam em casa, então precisei fazer comida e organizar a cozinha. Claro que ia atrasar.

Noah: Tá bom.

Ele veio até o sofá e sentou-se ao meu lado.

Noah: Você é tão quietinha na sala.

S/n: Não gosto de fazer bagunça.

Noah: Dá pra ver.

S/n: Minha amiga falou que você é "gostoso" e que o sonho dela é te ter na cama dela.

Noah: Eu sei, sou irresistível. Todas as garotas querem estar na minha cama.

S/n: Todas, não. Eu não quero.

Noah: Sei...

S/n: É verdade. Não quero ir para a cama de nenhum homem ainda.

Deitei minha cabeça em seu ombro e coloquei sua mão na minha cabeça.

S/n: Faz carinho.

Noah: Mas você não me vê como amigo?

S/n: Agora eu vejo.

Noah: Agora vê, né?

S/n: Sim, eu vejo – falei rindo.

Noah: Você me prefere como seu terapeuta ou como professor?

S/n: Terapeuta, é claro.

Noah: Eu também prefiro ser terapeuta. Ser professor é muito difícil.

S/n: Concordo.

A mão dele era muito macia. Não sei se deveria deixá-lo fazer carinho na minha cabeça, porque meus pais poderiam brigar comigo. Afastei esses pensamentos e fiquei olhando para o tempo.

S/n: Ei, como você se tornou terapeuta?

Noah: No passado, eu estava ficando com uma menina, e ela destruiu meus sentimentos, o que afetou muito meu psicológico. A partir daí, percebi que nem tudo é belo como a gente pensa e que, se não cuidarmos do nosso psicológico, isso pode ter consequências graves, como pensamentos suicidas.

S/n: Fiquei com medo – falei, me encolhendo.

Noah: Não precisa ter medo. Estou aqui para te ajudar.

Fiquei lá, olhando para o tempo, até que peguei no sono.

Noah Urrea

Quando percebi que S/n havia adormecido, a peguei no colo e a levei até o meu quartinho, onde tenho uma cama e um banheiro. Deitei-a na cama, cobri-a e voltei para minha cadeira. Um tempo depois, um outro paciente meu chegou ao consultório.

Elias: Olá, senhor Noah, preciso da sua ajuda.

Noah: Diga.

Elias: Minha namorada quer ter um filho, mas eu não quero ser pai agora. O que eu faço?

Noah: Quantos anos ela tem?

Elias: Quinze.

Noah: Ela é muito nova para ter filhos.

Elias: Eu disse isso a ela.

Noah: Vamos fazer assim: traga-a aqui amanhã para que eu possa conversar com ela. Vou tentar explicar que ela deve focar nos estudos antes de pensar em filhos.

Elias: Beleza.

Ele foi embora. Um tempo depois, senti um peso no meu ombro.

Noah: Já acordou?

S/n: Tive um pesadelo, mas agora eu vou indo. Até mais.

Noah: Até – falei, dando um sorriso leve.

Mᴇᴜ ᴛᴇʀᴀᴘᴇᴜᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora