O Boizin Foi Comprar Cigarros [ Final]

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O shopping parecia sonho de valsa. Cheiroso e recheado pra torrar minha grana. Ops! A do boy, né? 

Ele funcionava da seguinte forma:  não era um carrinho ou cestinha pra tu rododiar por loja, não. Era um bigui ker ou lirou cest pra fazer racha pelo shopping inteiro de uma vez só! Simplificando: lojas abertas pra você mandar fazer a fila, passar el rodo, socar tudo e aguentar o peso de ser uma grande pobre endividada. O slogan é: fique pobre e nem precisa morrer tentando. 

Mas aonde eu estava? Ah, no boizin. Não em cima como queria e não do tipo de lado que imaginava. Quase esqueci dele porque minha vida não gira em torno de macho, né?  Sentiu a indireta?  Sentiu, né?  Pois foi pra você sua trouxa!

O que falar de boizin? Agora o cara tava me dando banhos de loja. No plural mesmo porque primeiro a bicha é alfabetizada e sabe dos paranue. Segundo porque era como sentir várias duchas me chicoteando.

Tá, deveria ser muriçoca. 

O carrinho já tava com uma montanha de uns dois metros acima do nível dele e sim tudo poderia desmoronar. Quer dizer, tudo menos minhas comprinhas e claro  nosso romancezinho boiola com nós ali empurrando o carrinho igual jumento coladinhos do liquido do amor também chamado de suor. Ai tão romântico.

Eu devo ter roubado um bilhete premiado pra ter caído de cima de uma pilha de quilos de açúcar de um atacadão, um boy metido a super Man, cheiroso, mão aberta, romântico e calado. Nem os bonecos conseguem esse primor.

É minha gente, as piranhas também amam. Valorizem o amor de uma piranha.

Entramos na minha loja favorita, escolhi mais uma caralhada de coisas e no caixa ele me avisou que ia comprar cigarros na outra loja e já voltava. Entortei a cara. 

Pourra tinha que ter um defeito né. E que defeito bem escondido. Nem senti o futum, mas agora ia ter que aturar isso.

Oh Deusa livrai-me de todo mal cigarrento

E eu fiquei lá, perdida e parada próximo do caixa, já paranoica quando tivesse que encarar aquele homi. Será que vale tudo por Gucci falsificada? Parece que o amor evaporou igual a fumaça de cigarro.

Aff, tudo me faz lembrar essa bosta.

Mas é a verdade. A fumaça entra pelo pulmão e amor sai pelo piri... digo, coração.

Poéticazinha ela, né? Machado de Assis chora no além.

Só que aí eu fui me dando conta das horas. Já tinha se passado uns vinte minutos e o macho não tinha voltado ainda. Será que aconteceu alguma coisa? Caganeira?

Pero que k7, Eu nem tinha o número dele pra ligar... Mas espera, ele tinha celular?

Espera aí... Eu nem sei o nome dele oh...

Comecei a me desesperar e pensei que eu poderia ter sido ouvida ou até eu era algum tipo de fadona e o meu pedido de livramento cigarrento tenha sido realizado.

Eu não queria ter sido tão literal. Quem ia segurar todas as bolsas?

Já tinha passado mais tempo e eu não sabia o que fazer, pra aonde ir com uma tonelada de sacolas.

A vendedora atrás do balcão me olhava com certa desdém, querendo me passar o que tinha acontecido, mas que não poderia falar pra não ser menos uma comissão na conta e retribui o olhar já fervendo.

É, realmente eu fui abandonada pelo boizin que foi comprar cigarros e nunca mais voltou.

Só que aí aconteceu algo muito louco. Fora do normal de  encontrar vovó, ser assaltada no atacadão, começar um namoro em dois minutos...

O louco foi você ter perdido seu tempo lendo seis capítulos de uma história sem sentido nenhum porque ela é um sonho e sonhos não têm sentido e também porque você é curioso e vai parar por aqui porque ela não tem final.

Bye Bitis

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⏰ Última atualização: Jun 20 ⏰

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