introdução

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Meus pais morreram num acidente de moto. Eles eram como dois adolescentes inconsequentes e amam se aventurar. Eu tinha 18 anos e Yumi tinha 3. Foi difícil conseguir a guarda total dela, meus tios Namjoon e Seokjin cuidaram de nós até que eu completasse 21 anos e pudesse ir para nossa casa.

Cuidar de Yumi era muito fácil. Éramos melhores amigos. Por um momento, ela me chamou de papai, mas não queria nunca substituir o lugar do nosso herói, por isso sempre foi "mano" para cá, "Tata" para lá. 

Mas ela cresceu.

Os vestidos floridos foram substituídos por meias calças rasgdas, saias de pregas e acessórios punk. Os olhinhos caramelo estavam sempre cobertos com maquiagem preta, e os cabelos tingidos em mechas de roxo, verde e azul.

Os elogios na escola também foram substituídos por reclamações infinitas: Yumi matava aula, tirava notas horriveis nas provas e desrespeitava os professores.

— O que aconteceu com aquela menina doce? — eu gritava, abismado com uma suspensão de 3 dias por ter roubado um estojo. — Você tem tudo o que você quer, Yumi! Tudo!

— Eu não tenho nada, não tenho porra nenhuma! — gritou, mais alto ainda. Puxou a folha da minha mão e tentou correr pro quarto. Fui atrás e consegui segurar seu braço antes que pudesse subir as escadas. — Me solta, me solta!

— Nunca mais fale desse jeito comigo, nunca mais diga essa palavra. E me dá seu celular! — eu tentei falar firme. Nos encaramos por um momento e ela pôs o celular na minha mão de forma agressiva.

Me joguei no sofá, exausto. As vezes eu me pegava pensando sobre como eu deveria ter deixado ela sob os cuidados dos meus tios. Eu estava farto; havia parado toda a minha vida para viver por ela. Não pude fazer faculdade, nem sair para beber adoidado. Já tinha quase 30 e não havia aproveitado nada da vida para sustentar e dar uma boa condição pra Yumi.

Eu estava prester a chorar de cansaço, quando meu celular tocou, sendo chamado por um número desconhecido. Suspirei e atendi, disfarçando o choro na voz.

— Alô, Sr. Kim? — a voz do outro lado chamou.

— Sim, é ele.

— Sou Park Jimin, sou psicopedagogo do colégio de sua irmã, Kim Yumi. — ele fez uma pausa e eu só resmunguei para que continuasse. Eu não queria mesmo ter que escutar mais reclamações da minha irmã, mas era necessário. — Eu creio que o senhor já esteja ciente das ocorrências da Yumi e-

— Ela vai devolver o estojo e inclusive eu vou comprar um completamente novo para a menina que foi furtada, ok?

— Sr. Kim, espere. Acho que podíamos marcar uma reunião, para entender da onde vem essa raíz de rebeldia que se instalou na Yumi. Eu creio que possamos encontrar uma solução.

Eu suspirei profundamente. A linha se manteve silenciosa por alguns segundos até eu questionar data e horário. Talvez fosse bom pra mim e para ela, e se bobear eu deveria mesmo começar a fazer terapia familiar

De tanto devanear, acabei dormindo no sofá e ao acordar, já era 5 da manhã. Decidi fazer um café descendente, mesmo sabendo que Yumi comeria só cereal com leite. 

Tomei um banho, me arrumei pro trabalho e comi devagar. Yumi ainda não havia descido, ela sempre acordava cedo mesmo que não tivesse aula e já eram quase 8:00. Eu estava bem atrasado, mas decidi passar no quarto dela. Talvez estivesse realmente chateada pela briga de ontem... mas na verdade, ela não estava. Literalmente, ela não estava em casa.

A janela estava aberta e seus fones não estavam plugados no carregador, o que significava que provavelmente havia dado um jeito de pegar seu celular.

— Yumi!

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bem vindos a "rebel".

pode ter alguns gatilhos okay? de qualquer forma vou deixar avisado no capítulo

mas não, não é um sadfic!!!



rebelde | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora