8. inocente

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Isabela:

Uma semana depois

Já faz uma semana que estou aqui, e sempre que pode ele me humilha e diz que nunca vai ter algo comigo

Já estou cansada dessa personagem de freira que eu criei pensando que ele ia desistir desse casamento, mas não desisti

E eu quero sair e beijar na boca, eu sei que ele também saí e me traí com outras mulheres então por que não posso?

- vamos vai ser legal - diz Judite enquanto mexe as panelas, hoje é sábado e ela está a fazer um bolo, vera ficou de folga hoje e amanhã, mas Judite ficou

- não sei se ele vai me deixar sair Judite - falo tirando o bolo do forno, Judite está querendo que eu vá a uma boate, descobrir que nos dias de sábado ela trabalha como striper

- leva um pedaço de bolo para ele lá no escritório ele vai gostar - sugere ela

- parece que você não conhece a fera né? - pergunto me sentando e ela sorri

- com essa carinha de santa ninguém resiste, e falando em resistir eu vir como o motorista do senhor Watson olha para você

- você está delirando - falo derramando a calda de chocolate no bolo

- se fosse eu pegava

- ainda bem que você falou se fosse você né, mas me diga e o Cláudio? - pergunto e ela suspira fundo

- vamos falar sobre outra coisa - tenta sair do assunto

- você sempre foge quando falo nele, um dia você vai me falar o que acontece entre vocês dois

- espere sentada - depois de conversarmos, descido tomar um banho mesmo na água fria, as 5 horas da tarde resolvo ir falar com o monstro quer dizer meu marido, pego um pedaço de bolo bem grande e torço para que ele não brigue comigo

Quando chego na porta do escritório ouço coisas quebrando, me escoro na porta pra ouvir melhor o que está acontecendo

- PARA PARA PARA - ele grito parece que jogando o copo no chão - EU NÃO A MATEI - na hora arregalo os olhos, por que ele falou isso?

Dou duas batidinhas na porta e sou recebida com um grito

Nicolás:

Os demônios me assombram, dizem que eu a matei mas numca faria isso, NUNCA

quebro todos os móveis do escritório grito, tampo meus ouvidos e me ajoelho no chão

Logo ouço batidas na porta

- QUEM É PORRA?

- sou eu a isa - aquela voz doce daquela menina da vontade de vomitar, negra desgraçada - posso entrar?

- o que você quer menina - falo rude

- eu vir trazer um pedaço de bolo para você - ao escutar aquilo franzo o cenho, nem minha mãe nunca fez isso por que essa negra ia fazer?

- saía daqui e leve esse bolo, aposto que ele está contaminado por essas mãos imundas - ouço ela suspirar do outro lado parecendo cansada, o silêncio reina, quando penso que ela doi embora ouço a porta se abrindo

- mas que... - olho para ela que está parada com a mão na boca olhando tudo ao redor

- já terminou de avaliar - levando me do chão arrumando meu palitor e me sentando na cadeira atrás da mesa

- eu trouxe esse bolo para você, espero que goste - coloca o bolo em cima da mesa, me da uma vontade de jogar o bolo no chão mas não faço, parece mesmo está com uma cara boa

- o que você quer? - sou direto

- hoje vai ter um a missa, e eu queria te pedir para deixar eu ir - diz com aquela carinha de Santa, vou deixa-la ir, é muito melhor do que ficar vendo a cara dela

- não chegue tarde

- e a judite vai comigo - completa

- tá tá tá - agora saía do meu escritório, ela se vira e sai, olho pra o seu vestido grande, não dar para ver nada do seu corpo, por causa desse vestido de freira, e nunca vou querer ver isso

Olho o bolo e pego um pedaço, levo a boca e mordo

Até que o bolo não está ruim, em minutos eu como o bolo quase tudo

- só pode ter algum feitiço nesse bolo - falo a mim mesmo, desço as escadas em busca de mais bolo, abro a geladeira pego a metade do bolo e me sento no balcão

Depois de um tempo comendo ouço barrulhos de Passos, a garota entra na cozinha, com um vestido horroroso e com os cabelos presos ao me ver toma um susto

- ah nossa! Não te vir ai - ignoro ela e continuo comendo o bolo, ouço sua risada e levanto a cabeça puto

- do que está rindo?

- da sua boca suja de chocolates - coloca a mão na boca e ri mais ainda, reviro os olhos e abaixo a cabeça para comer, sinto ela se aproximar de mim levanto meus olhos aos delas - está suja bem aqui ó - passa um dedo seu nos meus lábios , imediatamente pego seu braço com força

- nunca mais me toque sua neguinha do gueto - ela me olha desafiadora, quem essa menina pensa que é? Nunca vi ela olhar antes assim! Sempre que eu falava algo ela abaixava a cabeça agora nem isso faz

- pode me soltar senhor? - pede ela vacilando o olhar, agora sastifeito a solto - tenho que ir rezar, boa noite

E ela sai da cozinha

Amando um monstroOnde histórias criam vida. Descubra agora