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Isabela:

- oi isa - Valter diz ao me dar um beijo na bochecha

- oi Valter, que restaurante lindo - falo olhando para o grande restaurante

- é lindo mesmo, vamos entrar - diz me guiando para dentro, o lugar é muito chique e sofisticado

Paramos em uma mesa e ele puxa a cadeira para mim, bem cavalheiro

- o que vai perdir? - pergunta ele

- queria um churrasco - falo e ele sorri

- eres brasileira? - pergunta pegando a cardápio

- sou sim - respondo pegando também

- que massa, por isso que é linda assim

- assim eu fico com vergonha - fico mesmo - e você é de onde?

- sou metade português e metade italiano

- nossa é de Portugal, Finalmente alguém que fala português também, você sabe né?

- sei sim falar português

- e ainda italiano, isso explica sua beleza

Pedimos nossa comida, que é uma merreca, não tampa nem o buraco do dente

- nossa até que é bom - digo saboreando um pedacinho do trem

- é gostosinho - diz comendo - do que você gosta? - ele pergunta de repente

- gosto de... Dormir

- ah isso eu gosto também - sorri

- agora é sério, eu gosto sair, para qualquer lugar, não gosto de ficar em casa

- que legal isso, sabia que o Nicolás também gostava de sair de casa - na hora paro de comer e olho para ele com interrogação

- como você sabe?

- eu... É - começa a gaguejar - vamos falar de outra coisa - sugere

- ok - concordo desconfiada

- me diz a coisa mais doida que você já fez ou passou

- um dia eu passei cola no cabelo do meu pai enquanto ele dormia, o coitadinho não viu e foi trabalhar assim coitado - falo a ele que já caí na gargalhada e acompanho

- e eu que já passei gasolina na perna cabeluda do meu pai e taquei fogo - diz e quase passo mal de tanto rir

- que perigo

- o coitado saiu correndo pela casa cheio de fogo nas pernas - fala e acho dessa vez minha risada saí muito alta atraindo atenções

- que vergonha Valter, todos estão me olhando, culpa sua

- ei minha culpa não - se defende, voltamos a comer contando histórias engraçadas um para o outro

Até que olho para frente e um par de olhos cheios de fúria me observa quando soltando fogo pelas narinas

- me ferei - digo com os olhos assustados olhando para o Valter

- o que foi isa tudo bem? - pergunta preocupado

- o Nick

- onde? - se vira tentando achar e se depara com o Nicolás com uma expressão séria

- não olha Valter - dou um toque na sua mão e o Nick se contorsse, a qualquer hora ele vira um foguete

- puta merda você está fodida - se vira com os olhos arregalados

- nossa obrigada ajudou muito - sorro de nervoso - preciso ir no banheiro - digo me levantando

Nicolás:

Chego no restaurante caro, meu pai e meu primo dão as mãos para todos menos eu não gosto de ficar tocando em ninguém e nem que me toque

O jantar Estava ocorrendo tudo bem até que uma risada alta me chama a atenção, reconheço na hora era aquela menina

O que ela faz aqui? E quem é aquele cara que está com ela?

Quando ele olha para mim na mesma hora me reconheço

Valter, o desgraçado não perde uma

Ela me olha assustada, essa safada pensa que me engana, ela saí de fininho para ir no banheiro, não perco tempo e vou atrás

Entro no banheiro feminino sem me importar com nada por sorte ele está vazio

Fecho a porta e espero ela sair de uma cabine, não demora muito ela saí da cabine e lava as mãos, quando para frente ela se assusta e me olha espantada

- então essa é sua amiga? - ela me olha com uma cara cínica

- nossa olha só que coincidência - esfrega as mãos em sinal de nervosismo - nos encontramos aqui né hehe

- para com essas gracinhas menina - pego no seu braço deixando ela bem perto de mim - o que faz aqui com ele? Está me traíndo?

- que ideia louca é essa Nick, não sou igual a você que me traí todos os dias com qualquer uma - podia ver a sinceridade no olhar e mágoa também, por um momento me perco nos seus olhos mas trato logo de desviar e solto ela

- vá para casa - ordeno

- não vou - sua resposta é descidida

- como é? - pergunto baixo parecendo assustador

- você não está surdo Nick escutou bem, eu não vou ir embora eu vou ficar com o valter e ele vai me levar para casa - bate o pé no chão

- você vai sim não me desobedeça - encurralo ela na porta

- eu vou ficar e vou embora na hora que eu quiser - essa menina tem um dom de me irritar em um nível

- ah mas você vai não me desobedeça - falo perto do seu rosto

- não vou - ela fala e me acerta uma ajoelhada entre as minhas pernas e saí correndo

- filha da puta, você me paga - falo me escorando na pia tentando acalmar a dor, depois de passar saio do banheiro e dou de cara com uma mulher, ela me olha assustada mas logo me da um sorriso malicioso

- oi

- sai da frente porra - saio igual um furacão, olho ao redor e não encontro nenhum dos dois

Ela me paga a se vai




O que acharam do Valter?

Amando um monstroOnde histórias criam vida. Descubra agora